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Sociedade

Cabo Verde com centro de emergência e laboratório para melhorar saúde pública

O Centro Nacional de Operações de Emergência em Saúde Pública é uma das recomendações do Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005) para os Estados-membros fortalecerem a sua capacidade de resposta às emergências sanitárias.

Nos últimos anos, o arquipélago sofreu três grandes epidemias transmitidas por vetores: a dengue em 2009-2010, o zika em 2015-2016 e o paludismo em 2017.

Cabo Verde é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um país de “alto risco”, tendo em conta a existência do vetor responsável pela transmissão de outras doenças provocadas por mosquitos, como febre-amarela e chikungunya.

Para responder às recomendações internacionais, o país criou o centro de emergência, situado no Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), na cidade da Praia, e com financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e apoio da OMS.

Segundo a presidente do INSP, Maria da Luz Lima, o centro de emergência é uma “grande mais-valia”, que vai coordenar todas as epidemias e as epizootias, que têm a ver não só com a saúde humana, mas também com a saúde animal.

A responsável sanitária sublinhou que o centro não vai funcionar só quando há situações de emergência, mas também vai averiguar constantemente os alertas e os riscos de epidemias que o país pode ter e preparar as eventuais respostas.

O centro terá atuações nas portas de entrada, articular-se-á com as entidades responsáveis pela saúde animal e poderá mobilizar fundos, segundo Maria da Luz Lima.

“Na saúde pública tentamos agir sempre na prevenção, porque acreditamos que a prevenção é a principal fase para não termos doenças”, afirmou a presidente do INSP, considerando que a promoção da saúde também é “bastante importante”.

O centro nacional de operações de emergência em saúde pública conta com um sistema de videoconferência e equipamentos de coordenação que permitem fazer trabalhos no terreno.

Além do centro, o país inaugurou no mesmo espaço o Laboratório de Controlo de Qualidade de Água e Alimentos, que vai agir em coordenação com outros laboratórios nacionais para avaliar a qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos cabo-verdianos.

“Cada vez menos estamos a recorrer ao Instituto Pasteur de Dakar e estamos a criar essa autonomia a nível de respostas e das análises e isso para Cabo Verde é muito importante, para a celeridade em fazer uma intervenção”, sublinhou o presidente do INSP.

O Laboratório de Controlo de Qualidade de Água e Alimentos conta com a parceria da Organização Oeste Africana para a Saúde (OOAS).

A inauguração foi presidida pelo primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, que sublinhou que os dois serviços “fazem a diferença” na qualidade dos serviços prestados no país.

“Aquilo que estamos a fazer aqui é mais do que a celebração de um serviço, que está instalado, mas a prestação de um serviço que queremos que seja de referência”, fundamentou o chefe do executivo, sublinhando que o centro é um “importante instrumento” no reforço da segurança sanitária.

“Reforça sistemas de deteção precoce, capacidade de monitorização, de alerta e de coordenação das intervenções”, prosseguiu o chefe do Governo, anunciando que o Conselho de Ministros aprovou hoje a criação de uma Instância Nacional de Coordenação.

Fonte: Lusa

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