A ideia, segundo Zé Pereira avançou à imprensa hoje, no Mindelo, surgiu “espontaneamente”, após uma visita que fez à instituição e que terminou num trabalho de mais de uma dezena de fotos, que realçam a alegria das crianças e adolescentes.
“Essa mostra é maior parte das crianças a sorrir, então achei que combinava perfeitamente crianças com vulnerabilidades especiais, sorrisos especiais”, realçou este profissional, acrescentando que a sessão de fotos estava sendo combinada “há algum tempo”, mas culminou em “momentos bons de alegria e brincadeira”.
“Espero que contribua para aumentar auto-estima dessas crianças e adolescentes”, lançou.
A coordenadora da CACVE, Cibele Rosário, garantiu, por seu lado, que desde a primeira hora abraçaram a iniciativa e aguardavam o “momento ideal” para a exposição, que considerou ser hoje, em que se assinala o Dia Mundial do portador de deficiência.
“Numa reunião nos falámos com elas (crianças) e disseram que gostariam de fazer uma sessão de fotos, então foi a partir da sugestão delas, que resolvemos fazer essa exposição”, explicou a técnica, que dirige o centro e que organizou nesta segunda-feira uma série de actividades para reunir as crianças, os pais, mas também os parceiros.
Além da mostra de fotos, está também patente na instituição uma exposição de trabalhos manuais feitos pelas crianças e adolescentes e que, segundo a mesma fonte, são uma “prática diária” e que vai ao encontro do objectivo da CACVE de desenvolver as capacidades motoras dos utentes.
“Maior parte deles têm destreza manual e conjuntamente com os monitores temos feito vários trabalhos para mostrar que, além das limitações, eles têm capacidades para produzir”, sublinhou Cibele Rosário, que quer continuar a capacitar essas crianças “mais e mais”.
Esta iniciativa que Fátima Duarte, cujo filho frequenta o centro, disse ter “gostado muito” e ainda mais dos trabalhos manuais, que mostram, ajuntou, que estas crianças têm “potencialidades para fazer certas coisas”.
Ressaltando outros ganhos, esta destacou o facto de o filho ter “evoluído muito” desde que frequenta o centro e por ela mesma agora conseguir trabalhar “muito mais tranquila”.
Zuleica Nascimento, uma outra mãe, também louvou a iniciativa por ver a filha “toda contente e entusiasmada” para fazer a sessão de fotos e até a escolher roupa para isso.
O CACVE foi inaugurado pela Câmara de São Vicente em Agosto de 2015 e neste momento, segundo a coordenadora, alberga 22 crianças “portadoras de paralisia cerebral e atraso mental”, que frequentam o centro de segunda à sexta-feira das 8:00 às 16:00 e que beneficiam de transporte cedido pela CMSV.
Aliás, a questão do transporte, conforme a vereadora do pelouro Social, Lídia Lima, mostra-se com uma das “maiores dificuldades” que enfrentam neste momento. Isto, porque o autocarro, que tinham inicialmente avariou-se com poucos meses de uso e até agora não está operacional.
Neste momento, segundo a mesma fonte, socorrem-se de um transporte Hiace, que faz duas voltas de dia e volta para as transportar as crianças,
Entretanto, um problema que, conforme Lídia Lima, esperam resolver até ao final do ano com a vinda de uma peça para o autocarro.
Inforpress
