O Presidente russo, Vladimir Putin, e o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, celebraram, na Turquia, a conclusão da fase principal do “Turkstream”, o gasoduto que liga os dois países.
Falando numa cerimónia em Istambul, Erdogan anunciou que a parte marítima das duas linhas (tubulações) paralelas do “TurkStream”, a dois quilómetros de profundidade no Mar Negro, foi concluída e sublinhou que a etapa final do “projecto histórico” foi alcançada.
Espera-se que as linhas forneçam gás russo à Turquia e aos mercados europeus, através dos territórios turcos.
Juntas, as duas linhas de 930 quilómetros sob o mar Negro, juntamente com os gasodutos terrestres russo e turco, transportarão 31,5 mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano.
“Estamos a testemunhar um evento muito importante, que é uma demonstração clara de uma parceria e cooperação entre os nossos países, para lidar com o mais complexo e ambicioso projecto”, disse Putin.
Erdogan disse que os dois países buscam uma cooperação de longo prazo e que o seu relacionamento não é ditado pelas “imposições de outros países”.
“A implementação de projectos como este é um bom exemplo da capacidade de defender os nossos interesses nacionais”, acrescentou Putin.
As observações parecem referir-se a uma posição antiga do Kremlin de que algumas nações europeias estão a desistir de acordos lucrativos com a Rússia, sob pressão dos Estados Unidos da América.
Os turcos dependem de importações para as suas necessidades energéticas e a Rússia é o seu principal fornecedor de gás natural.
“A Turquia poderá atender às suas próprias necessidades de gás natural, assim como às dos países europeus, sem ficar exposta a riscos de trânsito”, disse Erdogan, ao anunciar que a “TurkStream” iniciaria as suas operações em 2019.
