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Rússia e Japão relançam diálogo para a paz e resolução de conflitos  

O Presidente russo, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, concordaram em relançar o diálogo para a paz com base numa declaração de 1956 e resolver os conflitos relacionados com a disputa de quatro ilhas.

“Relançámos o diálogo com os parceiros japoneses, exactamente com base na declaração de 1956”, um documento que restabeleceu relações diplomáticas entre o Japão e a (antiga) União Soviética (URSS), revelou o Presidente russo, durante uma conferência de imprensa.

A principal disputa recai sobre quatro ilhas vulcânicas, chamadas Curilas do Sul, pela Rússia, e Territórios do Norte, pelo Japão, que até agora impediu os dois países de chegarem à assinatura de um Tratado de Paz.

Tóquio considera, oficialmente, as quatro ilhas, anexadas pela URSS em 1945, como “uma parte inerente do território do Japão”.

A declaração de 1956 menciona apenas a devolução de duas das quatro ilhas, uma vez que a paz fosse assinada.

Vladimir Putin disse que a proposta, que pode permitir que os dois países assinem um Tratado de Paz, 70 anos após a Segunda Guerra Mundial, veio do seu parceiro japonês.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, Takeshi Osuga, confirmou aos jornalistas a reunião dos dois líderes.

“Esta cimeira ocorreu porque os dois líderes concordaram em acelerar as negociações (…) com base na Declaração-Conjunta entre o Japão e a URSS de 1956”, referiu o porta-voz.

O primeiro-ministro japonês deve visitar a Rússia “no início do ano que vem”, para tratar deste assunto.

Um porta-voz do Governo, no entanto, apontou que para Tóquio a questão da jurisdição das quatro ilhas teria de ser resolvida para se assinar um Tratado, mesmo que fosse preciso ser flexível no que toca a prazos e condições.

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