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Política

UCID exorta Governo a dar uma “atenção especial” à população de Santo Antão

António Monteiro, presidente da UCID, lançou esse apelo na sua declaração política hoje, no Parlamento, tendo realçado na ocasião que a população do Porto Novo, sobretudo da zona rural, continua a viver uma situação difícil, uma vez que há mais de dois anos é confrontada com a falta de chuva.

“As centenas de famílias que vivem na zona rural do concelho do Porto Novo necessitam urgentemente de uma atenção especial do Governo local e central para que os problemas possam ser debelados e que sejam melhorados significativamente”, sublinhou o líder da UCID que avançou que a penúria pelo que passam essas pessoas clama por uma “atitude forte” e determinada dos governantes.

Segundo António Monteiro, a criação de condições económicas para concelho é sem dúvida o caminho a seguir para a criação de melhores condições de vida e fixação da população de Porto Novo que tem estado a procurar outras localidades.

António Monteiro garantiu que os moradores das zonas afectadas pela seca precisam urgentemente de acções que lhes proporcione condições de sobrevivência, garantindo-lhes em primeiro lugar, trabalho às famílias e uma atenção muito especial por parte do poder político por forma a minimizar a angústia que nesses dias difíceis tem vivido.

Por outro lado, avançou que o Governo deve assumir a responsabilidade e ser solidário com essa população e declarar a zona do Planalto Norte e a localidade da Lagoa como zonas de calamidade natural e, por conseguinte, agir rapidamente no sentido ajudar as famílias que ali vivem e estão entregues aos caprichos da natureza.

Para além da situação difícil pela qual passam as famílias, o deputado denunciou ainda que algumas delas não receberam pelos dias de trabalho do mês de Maio, tendo apelado o Governo a averiguar a situação de modo a minimizar o sofrimento dessas pessoas.

Segundo António Monteiro, a disponibilização da água em vários pontos de Santo Antão nesta altura, a problemática de acesso às várias localidades são questões que deverão merecer a prioridade absoluta por parte do Governo sobretudo nas zonas de Martiene, Lagoa, e Rabo Curto na Ribeira da Torre.

A questão da electricidade, a montagem de um sistema solar, disponibilidade de água para agricultura e consumo, a questão do sinal de cobertura da RTC e a problemática da habitação e de iluminação pública são aspectos preocupantes na ilha e que continuam a inquietar a UCID.

Face a essas situações, a UCID propôs ao Governo uma série de medidas que passam pela criação de condições necessárias para a aquisição de equipamentos de produção de foragem diminuindo assim a dependência dos criadores de gado relativamente as chuvas lembrando que o custo de um quilo de foragem é mais barato que um quilo de ração.

Por outro lado, desafiou o executivo a fazer uma experiência para comprovar a veracidade e a utilidade do sistema, a retomar imediatamente as modalidades da venda de ração nos mesmos moldes que aconteceu até Setembro do ano corrente, a criar postos de emprego em todas as localidades onde haja necessidade e por forma que cada família tenha um membro a trabalhar.

O líder da UCID propôs ainda a diminuição do preço de aquisição da água na zona de Cova, Longa figueiras, Água das Caldeias já que os mesmos pagam valor muito superior ao praticado nas cidades e a rever o processo de agrupamentos escolares tendo em conta a geografia da ilha de Santo Antão.

Inforpress

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