O Primeiro-Ministro (PM) são-tomense, Patrice Trovoada, regressará “muito em breve” a São Tomé e Príncipe, de onde se ausentou pouco depois das Eleições Legislativas de Outubro. “O meu regresso é para muito breve”, afirmou o actual Chefe do Governo são-tomense, em entrevista à Lusa, adiantando que, na próxima semana, estará no país para dar posse ao Governo Regional do Príncipe, na sequência das Eleições Legislativas, Autárquicas e Regional, que decorreram em 7 de Outubro.
Patrice Trovoada, que saiu de São Tomé e Príncipe poucos dias depois das Eleições, rejeitou críticas da Oposição à sua ausência, depois de o presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), Jorge Bom Jesus, ter afirmado que o país, “já de si bastante degradado, está neste momento parado”.
“O país não está à deriva”, contrapôs Patrice Trovoada, acrescentando: “Os salários estão pagos, os serviços todos, o hospital, as escolas, estão a funcionar, as pessoas vão às suas ocupações. Isso é um discurso propalado pela oposição”, garantindo que o país “está a funcionar, com as suas dificuldades habituais”.
Trovoada afirmou, ainda, que tem acompanhado a governação do país, através das novas tecnologias. “Hoje em dia, as tecnologias permitem-nos trabalhar, através do telefone ou da video-conferência”, comentou.
A ADI, Partido no poder (liderado por Patrice Trovoada), venceu as Eleições com maioria simples (25 em 55 deputados na Assembleia Nacional – Parlamento), enquanto o MLSTP/PSD conquistou 23 mandatos e a coligação PCD-UDD-MDFM cinco, tendo estas duas forças reclamado maioria absoluta e anunciado um acordo pós-eleitoral de incidência parlamentar e com fins governativos.
Foram ainda eleitos dois deputados independentes pelo distrito de Caué. O novo Parlamento será empossado no próximo dia 22, e o Presidente, Evaristo Carvalho, deverá depois dar posse ao próximo Executivo.
A ADI tem reclamado a constituição de um Governo de base alargada, mas a Oposição rejeita, afirmando ter condições de sustentabilidade parlamentar que garantem a governação.