Em comunicado hoje enviado à Lusa, o MP de São Tomé e Príncipe adianta que entre os arguidos, estão os três cidadãos espanhóis e dois são-tomenses detidos preventivamente desde essa altura.
Entre os crimes, constam ainda alteração do Estado de Direito, posse de engenhos e substâncias explosivas e contrafação de moedas, além de três crimes de conjura atribuídos aos arguidos.
“A Procuradoria-Geral da República dá assim por concluído um processo de investigação de mais de dois meses, levado a cabo pela Polícia Judiciária [PJ] são-tomense e que contou com apoio de Portugal e da Interpol”, refere o comunicado.
O documento descreve que a “assessoria técnica e direta da Unidade de Combate ao Terrorismo da Polícia Judiciaria Portuguesa” prestada à PJ são-tomense como tendo sido importante nessa investigação.
O comunicado de sete parágrafos sublinha ainda que “deduzidas que estão as acusações, o processo segue de imediato para o Tribunal de Primeira Instância para efeito de julgamento”.
Uma fonte do tribunal, contactada pela Lusa, disse ser ainda “prematuro” avançar uma data para o início do julgamento.
Na primeira semana de agosto, o Governo são-tomense garantiu em comunicado que “impediu uma ação terrorista que visava, o sequestro do Presidente da República, do presidente da Assembleia Nacional [parlamento] e a eliminação física do primeiro-ministro e chefe do Governo”.
“Para além destas detenções, foram apreendidos, na posse dos três cidadãos espanhóis que atuavam no país como mercenários, na ação de busca que se seguiu, material bélico, facas de mato, granadas, binóculos e óculos de visão noturna, uniformes estrangeiros com distintivos nacionais, entre outros”, sublinha a nota.