O deputado do Movimento para a Democracia (MpD – no poder) Luís Carlos Silva revelou hoje que a questão do Fundo do Ambiente está na origem do confronto físico entre os deputados Emanuel Barbosa e Moisés Borges.
Na manhã desta sexta-feira, o deputado do Movimento para a Democracia (MpD – no poder) Emanuel Barbosa e o deputado do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV – oposição) Moisés Borges envolveram-se em confronto físico, tendo o deputado Emanuel Barbosa sido levado para o hospital com ferimentos na cabeça.
Luís Carlos Silva, que prestou esclarecimentos à imprensa, disse que o deputado Moisés Borges agrediu Emanuel Barbosa, num acto que considerou ser “covarde”.
“Isso vem na sequência de várias denúncias que o deputado Emanuel Barbosa vem efectuando e também na sequência de ameaças que foram efectuadas e que Emanuel Barbosa denunciou na plenária”, disse, sublinhado que o que está na origem desta alegada agressão são “actos ilegais praticados no mandato anterior pelo PAICV, nomeadamente a questão do Fundo de Ambiente”.
O deputado do MpD pede ao PAICV serenidade e que aguardem os resultados deste processo que está no Tribunal.
Isa Costa, deputada do MpD para o círculo eleitoral de São Domingos, disse à imprensa que não estava directamente envolvida no confronto e que apenas testemunhou o ocorrido quando saía do seu gabinete.
Informou ainda que não houve qualquer discussão ou briga entre o deputado Moisés Borges e Emanuel Barbosa, mas apenas “agressão por parte do deputado Moisés Borges” para com Emanuel Barbosa.
“Foi traição, porque Emanuel estava de costas e quando vi Moisés a aproximar-se do Emanuel com um objecto, gritei ao Emanuel e quando este virou a cara foi agredido com um objecto na testa”, relatou, acrescentando que não sabe que objecto atingiu a cabeça do seu colega de partido.
Questionada sobre o que poderá ter provocado essa alegada agressão por parte do deputado Moisés Borges, esta disse que Moisés tem vindo “a ameaçar” as pessoas durante as sessões da Assembleia Nacional.
“É basta ver o historial de onde as coisas estão a vir. Em várias sessões na plenária da Assembleia Nacional em que Moisés Borges tem vindo a ameaçar as pessoas”, disse.
Contactado via telefone pelos jornalistas que estavam no recinto da Assembleia Nacional, Moisés Borges alega que reagiu em legítima defesa.
“Fui também atacado pelo deputado Emanuel Barbosa. Eu estava a entrar na Assembleia e na escada ele atirou-se a mim. Penso que a Constituição me permite em legítima defesa reagir quando sou atacado e é nesta linha que não tenho mais cometário a dizer. Eu fui atacado e reagi como qualquer homem faria no meu lugar”, esclareceu.
Inforpress