A Câmara Municipal do Sal avançou com uma campanha nas redes socais para que as pessoas e turistas deixem de “empilhar” pedras em forma de pirâmide. Uma prática que está a perigar a sustentabilidade natural do meio ambiente e que ganhou mais expressão na ilha nos últimos tempos.
Num post publicado na página de Facebook da autarquia, a Câmara explica que a ilha do Sal “tem registado um curioso fenómeno de empilhamento de pedras em forma de pirâmides nas praias” e “em zonas descampadas”, praticado maioritariamente por turistas.
Conforme a mesma fonte, embora esta prática seja “inofensiva” em algumas zonas e em “pequena escala”, “o perigo reside na massificação desta moda”, aliado ao fenómeno turístico, em que a colocação da
s pedras é uma forma de testemunhar a passagem dos turistas pela ilha.
“Esta moda aparentemente inocente e que talvez tem a sua origem na marcação de caminhos pedestres, simbolismos de harmonia e equilíbrio, é afinal prejudicial para o ecossistema local, e causa problemas ecológicos”, explica a Câmara.
É que, com a remoção das pedras, está-se a destruir o habitat de algumas espécies que vivem e se alimentam no local, como por exemplo as lagartixas.
De acordo com a mesma fonte, esta prática “prejudica” o desenvolvimento da vegetação. “Sem a vegetação, os insetos desaparecem, seguido dos répteis e aves, derivado duma quebra natural da cadeia alimentar. Além do problema ecológico, a paisagem fica descaracterizada e banalizada com o crescente fenómeno”.
A autarquia considera assim que é “imperativo” reverter esta prática, “promovendo a consciencialização dos problemas ambientais junto dos Turistas, Unidades Hoteleiras, Agências de Excursão, e a Sociedade Civil em geral” que o fenómeno está a causar.
Para minimizar os impactos, a Câmara garante que vai promover uma campanha de sensibilização, e proceder à colocação de sinais de proibição e remover as “pirâmides”.
GC