O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou ontem que o programa Bolsa de Acesso à Cultura (BA-Cultura) vai aumentar para 20 mil contos a partir de 2019, através de um financiamento directo do Orçamento do Estado.
O programa BACultura criado em 2016 iniciou o seu funcionamento em Setembro de 2017 com um financiamento de 10.195.800 mil escudos, beneficiando 42 escolas, isto é, 1167 bolseiros a nível nacional.
Para o próximo ano, anunciou o chefe do Governo que vai ter um aumento de quase 10 milhões de escudos, durante a cerimónia de apresentação do relatório de 2017/2018 do programa e anúncio de um novo pacote, no Palácio do Governo.
“A partir do próximo ano nós vamos aumentar o financiamento para o programa Bolsa de Acesso à Cultura para 20 mil contos, portanto quase que duplicamos. Isso vai significar mais crianças e mais jovens a terem acesso em todas às ilhas e concelhos, vai significar mais escolas de ensino de arte e cultura a aparecerem e a terem mais sustentabilidade e mais alunos” precisou.
Ulisses Correia e Silva, que esteve a presidir à cerimónia de actividades culturais para assinalar o Dia Nacional da Cultura, disse que este aumento significa um “maior investimento” para a inclusão das crianças cujos pais têm rendimentos mais baixos e ainda a inclusão das crianças com necessidades especiais no ensino da arte e da cultura.
Conforme a mesma fonte, este programa está a permitir que todos tenham acesso em “pé de igualdade” a uma educação de qualidade e ao ensino da arte e cultura e a desenvolver o talento de todas as crianças.
O chefe do Governo deixou ainda o compromisso de fazer um “esforço maior” para que junto com outros parceiros possam aumentar essa verba nos próximos anos, uma vez que acredita que é um “investimento com retorno no futuro no acesso à arte e cultura, na formação de cidadão com alta sensibilidade artística e na criação de um mercado para as escolas de formação em arte e cultura”.
Ulisses Correia e Silva advogou ainda que o BA-Cultura é um “grande investimento” nas famílias e para que mais tarde o país tenha mais artistas ligados à arte e cultura.
De acordo com a coordenadora Indira Lima, o programa consiste numa política activa de financiamento de actividades múltiplas, que inclui desde aulas, oficinas de iniciação artística ligadas às indústrias criativas, promovidas por escolas ou associações.
Durante a apresentação do relatório de 2017/2018, informou que este programa contribuiu para que oito escolas iniciassem o processo de registo oficial na conservatória, outras três escolas regularizaram o seu processo e ainda gerou 65 postos de trabalho directo.
Inforpress