Cuba acusou, no domingo, 14, os Estados Unidos da América (EUA) de serem responsáveis por “acusações fraudulentas” e por uma “campanha de difamação” contra aquela ilha, bem como de fabricarem falsos pretextos para gerar um clima de “aumento da tensão” bilateral.
O diretor-geral encarregado dos EUA no Ministério dos Negócios Estrangeiros cubano, Carlos Fernández de Cossío, disse que nos últimos meses o Governo norte-americano tem aumentado a “retórica hostil” contra Cuba, num comunicado publicado na página oficial da Internet daquele ministério, o Cubaminrex.
Fernández de Cossío acusou os EUA de pretenderem retomar a “fracassada campanha contra Cuba na área dos direitos humanos” e lamentou que “em vez de dialogar na base do respeito, como Cuba tem demonstrado estar disponível para o fazer com o propósito da cooperação e como o faz para outros países, Washington vai para as acusações fraudulentas e campanhas de difamação”.
O responsável cubano também classificou as declarações da Administração de Donald Trump como “falsidades irresponsáveis e provocadoras” e considerou que os EUA pretendem justificar o retrocesso verificado no âmbito das relações bilaterais.
Segundo aquele director-geral, os Estados Unidos têm dedicado recursos milionários “para minar a ordem constitucional cubana, interferindo nos assuntos internos e financiar indivíduos que atuam como agentes de uma potência estrangeira”.
Fernández de Cossío defendeu que o Governo norte-americano fez “acusações infundadas” contra Cuba sobre alegados incidentes de saúde que, segundo Washington, prejudicaram 26 funcionários da sua embaixada em Havana e que foram reportados entre novembro de 2016 e Agosto de 2017, cujas causas não foram ainda determinadas.
Esta situação levou a uma deterioração das relações já delicadas entre os EUA e Cuba, já que Washington acusou Havana de saber quem causou os problemas de saúde aos seus funcionários e de não os ter protegido devidamente, algo que o Governo cubano nega.
Cossío instou, ainda, o Governo dos EUA a prestar atenção ao próximo dia 31 de Outubro, quando Cuba espera que a comunidade internacional reivindique, novamente, nas Nações Unidas, o fim da política de embargo económico que Washington aplica contra aquele país latino-americano.