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Sociedade

Dívidas dos estudantes e organismos financiadores à UNICV rondam os 150 milhões de escudos – reitora

Judite Nascimento falava em declarações a imprensa à margem da sessão solene de abertura do ano lectivo, que decorreu no auditório da UNICV, sob o lema “TU fazes a UNICV”, tendo realçado que caso este valor seja liquidado vai ajudar a instituição a “manter algum equilíbrio”.

De acordo com a reitora, a instituição tem estado a desenhar estratégias para ajudar no máximo a permanência dos estudantes no estabelecimento de ensino, mas este ano lectivo vão delinear estratégias “menos flexíveis”, para que possam garantir a sustentabilidade da universidade, que passa por um “maior rigor no cumprimento das contrapartidas que os estudantes devem dar à instituição”.

“Estamos a pensar em criar períodos mais curtos de negociações e discutir com os nossos parceiros no sentido de aumentar a oportunidade de os estudantes terem acesso a financiamento, ou seja, criar um sistema que nos permita apoiar os estudantes através das parcerias que iremos desenvolver e sermos mais rigorosos naquilo que são os planos”, apontou.

Conforme explicou, a universidade tem um orçamento deficitário, mas a seu ver, a dívida da universidade para com o tesouro, na realidade é uma dívida do Estado para com a universidade.

Segundo a reitora, os cálculos feitos em 2016 apontam que cada estudante custa à universidade 21 mil escudos por mês, contudo, estes pagam apenas um valor de 9 mil escudos, e o restante valor, que considerou ser “elevado”, é suportado pela própria instituição.

“Não temos no nosso orçamento nenhuma rubrica que seja destinado, nem a investigação e nem a extensão universitária. O nosso orçamento é deficitário, nós temos 34% (266 milhões de escudos/ano) do financiamento do Estado, os estudantes pagam cerca de 47% e o resto é a universidade que assume”, disse.

Por sua vez, o secretário de Estado para Educação, Amadeu da Cruz, que presidiu à abertura da sessão solene, anunciou que estão a elaborar um contrato-programa, com uma vigência de 4 anos, que irá regular o relacionamento entre o Estado e a Universidade Pública.

O contrato, que irá ser celebrado entre o ministro das Finanças e a ministra da Educação, ajuntou, vai determinar se há défice, a causa desse défice e se se trata de um défice conjuntural ou estrutural.

“Se for um défice estrutural o Estado tem que intervir para ajustar e resolver”, realçou.

A direcção da instituição que almeja inaugurar em Julho de 2020 o novo Campus Universitário anunciou que este ano lectivo vai continuar a apostar na qualidade, na dinamização e num maior equilíbrio naquilo que é o financiamento de base para poder garantir a sustentabilidade deste estabelecimento de ensino superior.

Inforpress

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