Há 17 anos, no dia 11 de setembro de 2001, um ataque terrorista às Torres Gémeas, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, destruiu parte da cidade, levando com ela a estação de metro de Cortlandt Street, localizada na linha principal nova-iorquina (linha número um). Durante anos, os escombros impediram a entrada no local e até 2015 a estação esteve praticamente ao abandono.
No passado sábado (8), o metro voltou a circular na estação pela primeira vez. Na sua superfície, já há uma cidade reconstruida. A estação, que é descrita pelo The New York Times como “a última grande peça na procura da cidade pela recuperação do que foi perdido”, começou a ser reconstruida em 2015, pela responsabilidade da Autoridade Metropolitana dos Transportes, e teve um custo de 181.8 milhões de dólares (cerca de 157,3 milhões de euros).
Entre aplausos, os funcionários, políticos e clientes reuniram-se para receber a estação de volta. “Apesar de termos caído, conseguimos recuperar. É importante no sentido em que somos fortes, somos resilientes”, disse Andre Colazzo, técnico gráfico, ao NY Times.
A nova estação conta com um mosaico da artista e professora universitária Ann Hamilton, constituído por palavras presentes na Declaração da Independência dos Estados Unidos e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
“Foi incrivelmente bonito ver as pessoas responderem silenciosamente ao que penso ser o peso, a importância e o materialismo da linguagem que está na parede”, disse em declarações ao canal NY1.
A estação, que foi denominada de WTC Cortlandt Street, tem acessibilidade para cadeiras de rodas, um novo sistema de ventilação, três elevadores e menos pilares do que a anterior, de forma a facilitar a circulação dos passageiros. E ainda há mais: sinalização eletrónica com informação dos comboios em tempo real, como as restantes estações. No total, foram substituídos 365 metros do percurso.
O presidente da Autoridade Metropolitana de Transportes sublinhou, em declarações à CNN, que esta é “mais do que uma nova estação de metro: é o símbolo da vontade dos nova-iorquinos em restaurar e melhorar substancialmente o local do World Trade Center”.
Fonte: Observador