O Papa Francisco apela a acções concretas de protecção da água, que evitem extensões inertes de plástico flutuante nos oceanos, pedindo para que os mares sejam um local de encontro de pessoas, e não de separação.
Na mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação’2018, o Papa defendeu que não se pode “permitir que os mares e oceanos se preencham com extensões inertes de plástico flutuante”.
O Pontífice apela, também, à protecção do “bem inestimável” que é a água, lembrando que essa é uma “responsabilidade imperiosa, um desafio real” e que, “infelizmente”, muitos esforços têm desaparecido, devido à “falta de regulamentação e de controlos efectivos”, especialmente quanto à protecção dos mares além-fronteiras.
O Papa pediu, ainda, que se reze para que as águas “não sejam um sinal de separação entre os povos, mas de encontro” e para que sejam protegidas as pessoas que “arriscam as suas vidas” à procura de um futuro melhor.
A Organização das Nações Unidas (ONU) lançou, em 2017, a campanha internacional “Clean Seas”, envolvendo governos, sector privado e a sociedade civil numa solução para o problema do plástico marinho.
Em Janeiro deste ano, a União Europeia lançou a Estratégia Europeia para os Plásticos, com o objectivo de, até 2030, tornar reutilizáveis todas as embalagens de plástico no mercado, reduzir o consumo de plásticos descartáveis e restringir a utilização de microplásticos.
Estima-se que dez por cento (%) dos plásticos produzidos no mundo terminem nos oceanos e que 60 a 80% do lixo marinho sejam plásticos.