O Primeiro-Ministro (PM) timorense destacou a importância do novo Porto de Tibar, nos arredores de Díli (a Capital), cujas obras começaram quinta-feira, 30, para reforçar a conectividade, as condições logísticas e a Economia de Timor-Leste.
“O transporte marítimo tem um importante papel a cumprir no desenvolvimento do país. É um meio de transporte seguro, menos dispendioso e com menor consumo de energia, o que o torna mais benéfico para os negócios e para o meio ambiente. Por isso, o desenvolvimento de infra-estruturas portuárias é considerado como vital para o futuro de Timor-Leste”, disse Taur Matan Ruak – citado pela Lusa.
Taur Matan Ruak falava, em Tibar, a Oeste de Díli, na cerimónia que marcou o arranque da construção do novo Porto, que é o primeiro grande projecto em modelo de parceria público-privada e o maior projecto de infra-estruturas de sempre em Timor-Leste.
As obras, que têm um prazo de conclusão de três anos, deveriam ter começado em 2017, mas o arranque foi atrasado por várias questões relacionadas quer com o financiamento quer com a sub-contratação.
O Porto, disse o governante, permitirá melhorar não apenas as condições de movimento de mercadorias mas servirá como “pólo de desenvolvimento benéfico para os negócios e para a criação de empregos”, ajudando a impulsionar o crescimento da comunidade.
Para o Chefe do Governo, o Porto permitirá que Timor-Leste possa, no futuro, ser um “interface regional para transportes de mercadorias e trânsitos de contentores, gerando assim rendimentos adicionais para o país”.
Apesar dos potenciais benefícios, Matan Ruak deixou um alerta para a necessidade de preservar “o grande valor ambiental” da Baía de Tibar.
Localizado a dez quilómetros a Oeste de Díli, na baía de Tibar, o Porto terá uma capacidade inicial de 226 mil contentores (TEU), a qual será ampliada até uma capacidade para um milhão por ano, com um cais de 330 metros e outro de 300 metros, devendo as primeiras operações portuárias ser conduzidas já em 2020.
A primeira fase do projecto (construção, equipamento e operação do Porto) está avaliada em 278,3 milhões de dólares (238 milhões de euros), com o Governo timorense a financiar com 129,45 milhões de dólares (110,7 milhões de euros), e o parceiro privado os restantes 148,85 milhões (127,3 milhões de euros).