Os acidentes e envenenamentos são a quinta causa de morte de crianças com menos de cinco anos em Cabo Verde, com uma prevalência de 4,3 por cento em 2016.
Esses dados foram apresentados pelo Governo, através de um comunicado enviado à imprensa, no âmbito de um workshop para formadores em Segurança Infantil/Prevenção de Acidentes Domésticos, que decorreu esta terça-feira, 28, na cidade da Praia, promovido pela Direcção Nacional de Saúde (DNS).
De acordo com a DNS, ao reduzir as doenças infecciosas como causas da mortalidade infantil, o acidente tende a ser a razão “maior” de morte de crianças e adolescentes em todo o mundo.
“É um problema crescente de saúde pública e a primeira causa de morte entre os 10 e 19 anos em todo o mundo (OMS, 2004). Resultam não só em mortes, mas também em várias recorrências a serviços de urgência, hospitalizações e sequelas graves. Constituem, ainda, a terceira causa de anos de vida perdidos ajustados por incapacidade (OMS 2008)”, aponta a DNS, através de estudos da Organização Mundial de Saúde.
De acordo com a mesma nota, nas últimas décadas tem sido realizado um “grande investimento” em programas relacionados com a saúde materno-infantil, a nutrição e doenças infecciosas que “em muito reduziu a taxa de morbilidade e mortalidade infantil”.
“Cada criança sujeita a acidentes terá um impacto na economia futura do seu país. Por em prática o que é conhecido sobre a prevenção de acidentes, permitirá reduzir custos no sistema de saúde, contribuir para atingir os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável e, o mais importante, proteger as crianças”, explica o Governo.
De referir que o direito à saúde e a um ambiente seguro, livre de lesões e violência, constitui um dos direitos presentes na Convenção dos Direitos das Crianças das Nações Unidas.