O primeiro-ministro anunciou hoje, em Santo Antão, investimentos à volta de 60 mil contos em vista a repor, a curto e médio prazo, a normalidade no Planalto Leste, cuja floresta foi devastada pelo fogo em cerca de 200 hectares na sexta-feira, 27.
Ulisses Correia e Silva, que visitou esta terça-feira o perímetro florestal do Planalto Leste, disse que o Governo vai ter de mobilizar, nos próximos anos, os 60 mil contos para a recuperação da floresta, reforço da protecção civil, reposição das canalizações de água destruídas e restauração das áreas agrícolas.
Entretanto, avançou que de imediato o Executivo vai ter de mobilizar 50 por centro (%) desse financiamento para repor a normalidade no Planalto Leste, cujo perímetro florestal deve demorar pelo menos cinco anos a ser recuperado, do ponto vista ambiental.
O primeiro-ministro disse ter confirmado “os estragos evidentes” registados na floresta do Planalto Leste (200 hectares da área florestal foram consumidos pelo fogo) e regozijou-se com a detenção do suposto autor de fogo posto que originou o incêndio, felicitando as autoridades policiais pela “intervenção rápida e assertiva” nas investigações.
“Casos desses devem ser castigados exemplarmente para que não se façam escola de impunidade”, avançou o chefe do Governo, que disse ainda ter ficado convencido, por aquilo que constatou no local, de que se fez um bom combate às chamas.
Ulisses Correia e Silva garantiu que parte do contingente militar vai permanecer “ainda por alguns dias” no Planalto Leste e admitiu a possibilidade de, a partir de agora, haver “uma presença regular” das forças armadas em Santo Antão, “sobretudo nos períodos susceptíveis de haver incêndios florestais”, para assegurar a vigilância da floresta.
Os autarcas de Santo Antão tinham sugerido ao Governo a colocação de um destacamento militar no Planalto Leste, no quadro das medidas do reforço da vigilância nessa reserva florestal, que foi declarada desde 1990, como reserva florestal.
Inforpress