O ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva admitiu hoje, em Santo Antão, que a floresta do Planalto Leste, devastada pelo incêndio de grandes dimensões na sexta-feira, levará mais de cinco anos de trabalho para a sua recuperação.
A mais recente avaliação aponta para uma área ardida de 200 hectares, equivalente a 200 campos de futebol, o que representa “um grande estrago” que levará mais de cinco anos a ser recuperado, declarou o ministro da Agricultura e Ambiente, no arranque de uma visita de quatro dias a Santo Antão.
“Estamos a falar de 200 hectares, que representam 13% de toda a área florestal. Vamos levar mais de cinco anos de trabalho para a recuperação desta floresta”, notou o governante, para quem, além de replantação, será necessário ainda recuperar os dispositivos anti-erosivos danificados pelas chamas, o que representa “recursos financeiros avultados”.
Ainda do ponto vista ambiental, o Ministério da Agricultura e Ambiente vai trabalhar no sentido de recuperar as 25 espécies de plantas endémicas destruídas pelo incêndio, cujas causas vão ser apuradas pelas autoridades competentes, avançou.
“É preciso apurar bem as causas do incêndio que deflagrou em várias frentes”, adiantou Gilberto Silva que, nesta primeira visita, se faz acompanhar do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha.
Para Paulo Rocha, se trata de uma primeira visita para conhecer o impacto do incêndio, conhecer a extensão dos danos e definir as respostas, inteirar-se do trabalho que se está a ser feito na fase pós-rescaldo, mas também mostrar a solidariedade do Governo para com Santo Antão.
O incêndio destrui ainda as canalizações feitas no âmbito do projecto e abastecimento de água ao Planalto Leste, estando os técnicos a avaliarem a situação para propor medidas, segundo os governantes.
O perímetro florestal do Planalto Leste tem uma área estimada em 200 mil hectares.
Inforpress