A Cabo Verde Airlines diz que já entrou em contacto com a ENAC no sentido de solicitar a” suspensão da revogação” imposta por essa agência de aviação civil de Itália, que deve entrar em vigor esta sexta-feira, 20, e que impede a companhia de voa para Itália.
Num comunicado chegado à nossa redacção a Cabo Verde Airlines, confirma que devido ao atraso significativo na reposição da frota, que impediu durante duas semanas a realização de voos para Milão, a ENAC revogou a autorização de voos da companhia para esse país.
“A companhia foi informada pela entidade aeronáutica italiana ENAC que, devido à ausência prolongada de voos, foi revogada a autorização de voar para milão a partir de 20 de julho. No entanto, a companhia já entrou com um pedido de suspensão dessa revogação para efeitos de proteção dos passageiros retidos, pedindo a reativação da licença. Inclusive, já estava prevista a retomada do voo para Milão a partir de hoje com o B767”, avança o comunicado.
Como já é público, e a A NAÇÃO tem vindo a noticiar, esta ausência prolongada de voos, desde 1 de julho até á presente agora deveu-se ao atraso na reposição de frota, que já está sendo sanada com a chegada a Cabo Verde de duas aeronaves.
Conforme avança a administracção destas duas aeronaves, “uma, o B767 já retomou os voos para Lisboa e tem toda a programação já feita para Milão e Paris”, enquanto a segunda aeronave, a D4-CCF ( B757-200) “reforçará brevemente os voos para Europa e assegurará a ligação para Brasil e EUA.”
Quanto à situação com os passageiros e voos de Itália a Cabo Verde Airlines diz ter conseguido “a proteção de cerca de 75% dos passageiros retidos em Milão, entre os quais muitos cidadãos brasileiros, com todas os custos pagos ao abrigo da lei internacional, que inclui deslocação, transporte, alojamento e refeições.”
A companhia, explica ainda que “por não dispor de balcão de atendimento ao público, assegura apoio aos seus passageiros através de equipas de handling no aeroporto de Milão, certificando-se do acolhimento devido ao abrigo da lei internacional”.
A nível global, em todos os países onde opera, a companhia diz ter assegurada a proteção de “90% dos passageiros, estando em estreito contacto com todas as entidades legais de cada país para assegurar esta missão”, desde entidades nacionais de aeronáutica, aeroportos, embaixadas, entre outras.