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Política

PM nega que punição dos dirigentes do Sinapol seja uma forma de condicionar o sindicalismo em Cabo Verde

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, negou segunda-feira, que a punição dos dirigentes do Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol), na sequência da realização da greve no final do ano passado, seja uma forma de condicionar o sindicalismo.

O chefe do Governo, que falava aos jornalistas na ilha do Sal, onde se encontra a participar na XII Cimeira do Chefes de Estado e do Governo, lembrou que a greve é um direito que se assiste aos trabalhadores e pediu que a Sinapol esclareça as motivações para a realização da já anunciada greve de seis dias este mês.

Quando dito que as motivações têm a ver com a suspensão dos delegados sindicais e a reforma compulsiva do presidente do Sinapol, José Barbosa, Ulisses Correia e Silva sugeriu aos visados que recorram ao tribunal.

“Imagina se a moda pega. Sempre que há processos disciplinares se organizam manifestações e greves. Portanto, eu acho que não seja o motivo forte para a greve”, disse adiantando que em relação às outras reivindicações como o aumento do salário há o compromisso do Governo para aumentar a base salarial em 2019.

“Está-se a trabalhar numa perpectiva até 2021. Temos estado a trabalhar com os sindicatos, nomeadamente a CCSL, para encontrarmos um quadro de convergência. O princípio está assumido. Agora é uma questão de programar os pagamentos e a cobertura orçamental porque estamos a falar de valores muito avultados”, disse.

Questionado se essa situação não belisca a imagem do país, o primeiro-ministro respondeu que não, até porque, salientou, as pessoas têm como fazer recurso.

“Os tribunais existem para isso”, sustentou Ulisses Correia e Silva.

O Sindicato Nacional da Polícia anunciou, para finais deste mês, uma greve de seis dias, com vista à “resolução definitiva” das suas reivindicações, contando com o apoio da central na qual está filiado, a CCSL.

O líder do Sinapol, José Barbosa, fez este anúncio à imprensa, na segunda-feira, depois de entregar ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) um recurso, segundo ele, “sobejamente fundamentado”, pedindo o arquivamento dos processos pendentes, bem como a “anulação dos despachos punitivos” por estarem “feridos de legalidade”.

José Barbosa foi punido com reforma compulsiva e, relativamente a outros elementos da corporação, nomeadamente os delegados e coordenadores sindicais, o castigo vai até 125 dias de suspensão, com efeitos suspensivos.

Inforpress

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