Duas das filhas do ex-Presidente Sul-africano, Nelson Mandela, Zenani e Zindzir, vão pedir ao Tribunal Constitucional da África do Sul que reveja a decisão paterna de deixar a propriedade de família onde está enterrado nas mãos de um legatário.
As duas filhas que Mandela teve com a segunda mulher levarão o conflito à última instância judicial, apesar do fracasso das anteriores batalhas legais empreendidas pela mãe, que iniciou o processo em 2014.
A notícia, avançada pelo diário “Sunday Times”, que cita meios locais, é divulgada poucos dias antes da celebração do centenário do nascimento deste ícone da luta contra a segregação racial.
A propriedade de Qunu (no Sudeste) está sob custódia de um legatário, que a administra em nome da família Mandela, incluindo a terceira e última mulher, Graça Machel, também administradora.
As filhas argumentam que a propriedade deveria ter passado para as mãos da sua mãe, com quem o antigo activista esteve casado desde 1958 até ao seu divórcio em 1996.
Quando faleceu, em 2013, o património de Madiba – como é conhecido popularmente Mandela na África do Sul – estava avaliado em mais de três milhões de euros, segundo revelou o testamento.
Winnie não estava entre os beneficiários e a propriedade de Qunu só estava em nome do ex-marido.