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Cultura

“Postais de Amílcar Cabral” lançados hoje no Vaticano

Neste domingo, 1 de Julho, a Rosa de Porcelana lança no Vaticano o livro “Itinerários de Amílcar Cabral”, que reúne postais que esse combatente da libertação africana foi escrevendo e enviando nas suas viagens pelo mundo.

Filinto Elísio adiantou ao A NAÇÃO que a oportunidade de lançar a obra no Vaticano surgiu de uma viagem a Roma, com o escritor Arménio Vieira, aquando do lançamento de “Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: a outra face do Homem”.

“Abordámos alguns parceiros como as jornalistas cabo-verdianas Lourdes de Jesus e Dulce Évora sobre o interesse de inaugurarmos o ‘Itinerários de Amílcar Cabral’ em Roma e, se possível, no Vaticano, assinalando ao mesmo tempo o 48º aniversário da audiência do Papa Paulo VI a Amílcar Cabral, Agostinho Neto e Marcelino dos Santos, no termo da Conferência Internacional de Solidariedade com os Povos das Colónias Portuguesas, realizada em Roma, no ano de 1970”, conta.

Depois do engajamento dessas jornalistas, mais dois jornalistas africanos da Rádio Vaticano, associaram-se ao projecto, assim como a associação Tabanka Onlus e a Fundação Lelio e Lisli Basso.

O lançamento está em vias de se tornar realidade e uma “grande responsabilidade”, pois, além dos inéditos de Cabral, o livro “aporta grandes personalidades que nele escrevem”, como António Guterres, Guilherme de Oliveira Martins, Jorge Carlos Fonseca, José Maria Neves e textos de enquadramento da historiadora Aurora Almada.

Tal como “Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: a outra face do Homem”, Filinto Elísio não tem dúvidas de que este livro pode “ajudar” no processo de candidatura do espólio-legado de Cabral ao Programa “Memória Mundo da UNESCO”.

À caça de novos mercados

A Rosa de Porcelana é uma das editoras cabo-verdianas que mais tem crescido, actualmente. Foi seleccionada, por concurso, para a edição 2018 da Feira do Livro de Frankfurt, que decorre de 10 a 14 de Outubro, na Alemanha. Também, já esteve na Feira do Livro de Leipzig, e por três anos consecutivos integra a Feira do Livro de Lisboa.

Isto denota, segundo Filinto Elísio, um esforço na aposta da internacionalização, uma aposta que não tem sido fácil. “Somos uma editora pequena que ainda labora de forma incipiente nos mercados cabo-verdiano e português, e de forma tacteante nos mercados universitários brasileiros e nalguns nichos de livrarias para as diásporas lusófonas em França e na Alemanha”, conta.

O desafio, como afirma, é avançar com “mais dinâmica” para os mercados de Portugal e do Brasil, e posicionar a editora em outros países da CPLP, mas também novos mercados linguísticos. “Estarmos este ano na Feira de Frankfurt é uma oportunidade, não apenas para a nossa editora, mas para todos quantos, em parceria, queiram se alinhar nesta aventura. As portas, quando abertas, devem permitir a entrada de todos. É como vemos as coisas (e as causas) da cultura”.

GC

Texto original publicado na edição nº 563 do jornal A Nação impresso.

 

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