O velho contra o novo. De um lado a juventude de quem está começando. Do outro a experiência de quem está próximo do fim da carreira. Normalmente são essas misturas que rendem frutos e bons resultados no futebol. E no jogo deste sábado, às 9h (de Cabo Verde), entre França e Austrália, na Arena Kazan, para o Grupo C da Copa do Mundo, esses aspectos vão andar lado a lado com as duas selecções.
Do lado francês, dos 23 convocados, apenas seis estiveram no Brasil em 2014. Os outros 17 nunca estiveram numa Copa do Mundo. Dos prováveis titulares para o jogo deste sábado, apenas quatro já ouviram a canção da FIFA na entrada em campo num jogo de Mundial. São os casos do Lloris, Varane, Pogba e Griezmann.
“Catorze de 23 jogadores não jogaram em grandes competições. Se os selecionei, é porque penso que é o melhor para o time. Eles podem começar ou ficar no banco. Não é um risco. Estão aqui porque têm a qualidade para estar aqui”, analisou Deschamps.
O treinador da França afirmou ainda que quase todos os convocados estão acostumados a disputar as grandes competições na Europa.
“Não faço diferenciação entre jovem e velho. Tenho um grupo. Há um misto. Eles têm feito bem a preparação. O que é interessante para mim é o grupo. Não terei uma preparação especial para um ou outro. Eles estão acostumados ao alto nível”.
A Austrália, por sua vez, tem um dos jogadores mais velhos convocados para a competição, Tim Cahill. Aos 38, ele disputará o seu quarto mundial e atingir uma marca importante. Caso assinale um golo no torneio, o jogador entrará para o rol dos atletas que balançaram a rede dos rivais em quatros Copas diferentes. Diante da França, porém, a expectativa é de que comece na reserva, segundo a imprensa australiana. Andrew Nabbout, 25 anos, deve ser o centroavante, com Rogic (25), Kruse (29) e Leckie (27) na linha ofensiva de meio-campo.
Cahill, ainda assim, é a referência de liderança de um grupo que começa a ser renovado. Daniel Arzani, de 19 anos, é uma das revelações do país. O jogador, inclusive, recebeu elogios do técnico Bert Van Marwijk na conferência de imprensa na Arena Kazan.
– Ele é um grande talento e pode fazer a diferença. Não acho que ele seja capaz de jogar o jogo todo nesse nível, mas acho que o jogo contra a Hungria disse muito sobre ele. Ele provou que em 20, 25 minutos pode fazer a diferença, e é por isso que está aqui.
Diante da Hungria, o jovem atleta marcou um dos golos da vitória da Austrália por 2 a 1. A partida foi a última dos Socceroos antes do embarque para a Rússia.
Para Marwijk, a Austrália tem uma chance de vencer a França.
“Sabemos que estamos jogando contra um dos melhores países do mundo. Ao ver o resultado deles nos últimos anos, nós vemos que nem sempre eles são estáveis”.
Prováveis 11 iniciais:
- França: Lloris, Pavard, Varane, Umtiti e Hernandez; Tolisso, Kanté e Pogba; Mbappé, Griezmann e Dembélé.
- Austrália: Ryan, Risdon, Sainsbury, Milligan e Behich; Mooy, Luongo (Jedinak), Leckie, Rogic (Irvine) e Kruse; Nabbout.
- Árbitro principal: Andrés Cunha (Uruguai)
- Assistentes: Mauricio Espinosa (Uruguai) e Nicolás Tarán (Uruguai)
