O Partido Popular (PP) espanhol vai realizar, a 20 e 21 de Julho próximo, o seu congresso extraordinário para eleger a nova direcção e o sucessor do seu líder, Mariano Rajoy.
“Vamos fazer as coisas com tempo, com ordem, mas sem perder um segundo, porque os espanhóis não podem estar à nossa espera”, disse Rajoy, no final de uma reunião do Conselho de Direção Nacional do PP (direita), citado pela Lusa.
Mariano Rajoy sublinhou que não tem “sucessores nem delfins”, nem pensa apontar ninguém que o substitua, para não cometer uma “enorme injustiça”.
Segundo a imprensa espanhola, os três nomes mais destacados para suceder a Mariano Rajoy são Dolores de Cospedal (ex-ministra da Defesa de Rajoy), Soraya Sáenz de Santamaría (vice-presidente do Governo de Rajoy) e Albert Núñez Feijóo (presidente da Comunidade Autónoma da Galiza).
Um grupo de sete partidos juntou-se ao PSOE, a 1 de Junho último, para aprovar a Moção de Censura, por 180 votos a favor, 160 contra e uma abstenção.
Mariano Rajoy voltou a defender que ao novo primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, lhe falta a “legitimidade” que eleições lhe teriam dado e, perante essa situação de fragilidade, o PP “vai brilhar” cada vez mais.
Apesar de apenas ter 84 dos 350 deputados do Parlamento espanhol, os socialistas conseguiram reunir, na votação da Moção de Censura, o apoio dos representantes do Unidos Podemos (Extrema-esquerda, 67), e uma série de pequenos partidos regionais, incluindo os nacionalistas bascos e os independentistas catalães.