O Exército sírio reivindica ter reconquistado os bairros do Sul de Damasco (a Capital), que estavam em poder do grupo Estado Islâmico (EI) e proclamou a capital síria e arredores territórios “totalmente seguros” e “livres de qualquer presença” de terroristas.
Numa declaração do exército transmitida na televisão oficial síria, o general Ali Mayhoub garantiu que as Forças Armadas locais capturaram os antigos bastiões do grupo Estado Islâmico, no Bairro do Campo Palestiniano Yarmouk e no de Hajar al-Aswad, após uma campanha militar que durou cerca de um mês.
As reconquistas das tropas do presidente Bashar al-Assad permitem que o Governo e as Forças Armadas voltem a controlar a totalidade da “Grande Damasco”, perdida no início da guerra, em 2011.
“Damasco e arredores estão totalmente seguras”, garantiu Mayhoub.
Os confrontos a Sul de Damasco deixaram dezenas de mortos – em ambos os lados – e provocaram grande destruição no bairro do Campo de Yarmouk, construído numa área residencial, e nos seus arredores.
O anúncio de Mayhoub ocorre pouco depois de o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciar que cerca de mil e 600 pessoas, entre as quais integrantes do EI e seus familiares, foram retirados do Sul de Damasco, por um acordo com as autoridades.
A saída dos combatentes, a quem foi permitido levar armas leves, foi supervisionada pela Rússia, aliada de Damasco, e faz parte de um acordo alcançado, no sábado, 19, com as autoridades sírias, depois de um mês de combates na zona, de acordo com o OSDH.
No entanto, o Governo sírio não confirmou as negociações com os rebeldes e só informou que, desde domingo, 20, foi permitida a saída de crianças, mulheres e idosos desta zona, “por razões humanitárias”.