O presidente do Egipto, Abdel Fatah al-Sissi, decretou, excepcionalmente, por um mês, a abertura da fronteira com Gaza durante as cerimónias do Ramadão (iniciadas quinta-feira, 17 de Maio), e numa altura em que se registam confrontos entre palestinianos e militares israelitas na zona.
O presidente Sissi, através de uma mensagem que foi divulgada na rede social “Facebook”, afirma que a decisão pretende “atenuar o sofrimento” dos habitantes palestinianos de Gaza.
Nos últimos dias, os confrontos provocados pelos protestos contra a abertura da embaixada dos Estados Unidos da América em Jerusalém fizeram mais de 60 mortos.
A Faixa de Gaza encontra-se sob o bloqueio israelita há mais de dez anos, enquanto a fronteira do enclave com o Egipto se encontra, geralmente, encerrada, devido a problemas de segurança.
O Ramadão é o nono mês do Calendário Islâmico, durante o qual os muçulmanos praticam o seu jejum ritual, ou seja: o quarto dos cinco Pilares do Islão.
De acordo com a “Wilkipédia”, a palavra Ramadão está relacionada com a palavra árabe “ramida”, que significa: “ser ardente”, possivelmente, pelo facto de o Islão ter celebrado este jejum, pela primeira vez, no período mais quente do ano.
O Ramadão é um tempo de renovação da fé, da prática mais intensa da caridade e vivência profunda da fraternidade e dos valores da vida familiar. Neste period, pede-se ao crente maior proximidade dos valores sagrados, leitura mais assídua do Alcõrão (o Livro Sagrado dos muçulmanos, frequência da oração na Mesquita, correcção pessoal e auto-domínio.
É o único mês mencionado pelo seu nome no Alcorão: “O mês do Ramadão foi o mês em que foi revelado o Corão, orientação para a humanidade e evidência de orientação e discernimento”.
É celebrado, todos os anos, na mesma data, podendo passar por todos os meses e estações do ano, conforme a progressão dos anos.
Porém, a sua duração é entre 29 e 30 dias, iniciando-se com a aparição da lua, no final do mês de “shaban” (oitavo mês no calendário lunar muçulmano).