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Espanha: Catalunha começa processo de eleição do presidente

O Parlamento da Catalunha inicia, este sábado, 12, o processo de investidura do novo candidato à presidência do Governo Regional, Quim Torra, do mesmo partido de Carles Puigdemont, que indicou o seu nome na quinta-feira, 10.

A página na Internet do Parlamento refere que a segunda sessão tem lugar na segunda-feira, 14, caso o candidato não recolha mais de dois terços dos votos, na plenária que abre às dez horas de Cabo Verde.

A investidura de Torra deverá ficar concluída apenas na segunda-feira, porque os partidos independentistas “Juntos pela Catalunha” e “Esquerda Republicana da Catalunha” (ERC) não têm a maioria absoluta necessária para que Torra seja investido na sessão deste sábado.

O terceiro partido separatista, a “Candidatura de Unidade Popular” (CUP) anunciou que se deverá abster, o que retira a maioria necessária a uma investidura na primeira volta.

Com esta nomeação, os independentistas asseguram a nomeação de um apoiante da sua causa e evitam que sejam marcadas eleições cinco meses depois de terem ganho as últimas, em 21 de Dezembro de 2017.

O líder independentista Carles Puigdemont, fugido à Justiça espanhola, anunciou na quinta-feira, em Berlim, o nome de Quim Torra como sendo o candidato à sua sucessão.

Torra é uma das figuras menos conhecidas dos independentistas catalães, mas em 2015 dirigiu durante vários meses a poderosa Associação Cívica separatista “Omnium Cultural”.

Este editor, de 55 anos, entrou na política em Dezembro passado, quando foi eleito deputado regional na lista “Juntos pela Catalunha”, de Carles Puigdemont.

O ex-presidente Carles Puigdemont fugiu à Justiça espanhola e aguarda, na Alemanha, a sua extradição para Espanha, onde é acusado de delitos de rebelião e peculato na organização de um referendo ilegal sobre a auto-determinação da Catalunha, realizado em 1 de Outubro de 2017.

Os partidos separatistas catalães voltaram a ganhar a maioria no Parlamento regional, em 21 de Dezembro último, mas tiveram até agora dificuldade em eleger um presidente da Generalitat (Governo Regional), que não estivesse a ser investigado pela Justiça.

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