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Cultura

Artesanato: Beto Diogo cria atelier móvel

O artesão Beto Diogo tem agora um atelier móvel para levar a sua arte às diversas comunidades do interior de Santiago e, se necessário, às outras ilhas. A viatura adaptada para dar formação e expor as obras de arte em cabedal tem capacidade para acolher dez formandos. A isso junta-se uma pequena biblioteca de livros técnicos.
 
Beto Diogo, conhecido artesão de Santa Catarina, tem agora uma viatura, tipo haice, que foi transformada num atelier móvel. Conforme o próprio, este projecto é mais um passo para atender melhor os seus clientes, bem como os jovens que queiram aprender a arte de fazer peças a partir de cabedal.
“Actualmente, podemos dizer que mais de 90% das obras produzidas em Cabo Verde, tidas como artesanato, são feitas com recursos a máquinas. Por isso, queremos com esta iniciativa levar a formação em arte de cabedal aos jovens, nos seus próprios bairros ou comunidades. Sabemos que alguns deles têm dificuldades para se deslocarem diariamente aos centros urbanos para participar diariamente nas acções de formações”.
Segundo o artesão, que dispõe de um atelier desde 2011, na cidade Assomada, a viatura adaptada para dar formação e exposição dos produtos em arte de cabedal tem capacidade para acolher até 10 jovens. O veículo dispõe de uma pequena biblioteca de livros técnicos e pode também ser usada para actividade de campanha contra o uso de drogas e álcool, bem como tenda de saúde.
“Este projecto conta com uma forte parceria da Câmara Municipal de Santa Catarina e esperamos vir assinar com outras câmaras protocolos para permitir a nossa deslocação a todas as ilhas. E, com isso, assim levar formação até aos jovens que queiram aprender a arte em cabedal. De momento, estamos a preparar uma deslocação à ilha do Fogo, para ministrar uma formação na cadeia regional de Betânia, isto através da Direcção Geral dos Serviços Penitenciários”, revela.
Beto Diogo avança ainda que está a fazer contactos com as três câmaras municipais do Fogo, no sentido de ministrar acções de formação aos jovens das diversas localidades dessa ilha. “Ainda a nível nacional, estamos a preparar uma caravana artística para as ilhas do Sal e Boa Vista. Apenas estamos à espera de respostas das câmaras para fechar o nosso plano de deslocações. Para este ano em curso queremos levar a nossa experiência em arte de cabedal as ilhas de São Nicolau, São Vicente e Santo Antão”.
Já a nível internacional, o artesão afirma que o seu projecto atelier móvel vai ser apresentado através de vídeos no WeeKend Capverdien a ser realizado de 13 a 15 de Julho, na cidade de Ettelbruk (Luxemburgo) e em Santa Cruz de Tenerife (Canárias) em Novembro próximo.
Silvino Monteiro
 

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