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Sociedade

Forças Armadas homenageiam vítimas dois anos após mortes em Monte Tchota

As Forças Armadas homenagearam esta quarta-feira as 11 pessoas que foram assassinadas há dois anos no destacamento militar de Monte Tchota por um então militar que foi condenado a 35 anos de prisão.

Em nota publicada na sua página no Facebook, as Forças Armadas informaram que a homenagem consistiu na deposição de uma coroa de flores no memorial às vítimas, seguida de uma missa realizada no destacamento militar.

A instituição castrense indicou que o ato contou com a presença do Comandante da Guarda Nacional, em substituição do Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, de representantes da Embaixadora da Espanha, militares, familiares das vítimas, entre outras personalidades.

Na madrugada de 25 de abril de 2015, Manuel António Silva Ribeiro, mais conhecido por “Entany”, matou 11 pessoas – oito militares e três civis, incluindo dois cidadãos espanhóis – no destacamento de Monte Txota, na localidade de Rui Vaz, interior da ilha de Santiago.

Os corpos das vítimas só foram descobertos no dia seguinte e “Entany” foi detido pela polícia no dia 27, na cidade da Praia, onde aguardou o julgamento em prisão preventiva no estabelecimento prisional militar.

Em novembro, Manuel António Ribeiro, autor confesso dos crimes, foi condenado, em cúmulo jurídico, a 35 anos de cadeia pelo coletivo de juízes do Tribunal Militar, estando a cumprir a pena num estabelecimento prisional civil.

O jovem foi ainda condenado a uma pena acessória de expulsão das Forças Armadas cabo-verdianas e ao pagamento de uma indemnização de 11 milhões de escudos (cerca de 99 mil euros) às famílias das vítimas.

O tribunal deu como provado que depois de um desentendimento com o comandante do posto militar de Monte Txota e de ter sido alvo de chacota dos colegas, Manuel António Ribeiro entrou nos três quartos onde dormiam os colegas, disparando sobre eles com a intenção de matar.

Provado ficou também que o arguido aguardou no ponto mais alto do destacamento até às 09h00 da manhã, altura em que matou os três civis – dois espanhóis e um cabo-verdiano – que chegaram ao local para fazer a manutenção das antenas.

Provado ficou também que as mortes foram causadas pelos disparos das armas AKM e Macarov, que o então militar tinha em seu poder.

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