O ritmo de crescimento económico voltou a abrandar no primeiro trimestre deste ano, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE), salientando, porém, que a conjuntura económica é favorável.
Segundo o inquérito de Conjuntura aos Agentes Económicos revelado hoje pelo INE, o ritmo de crescimento económico voltou a abrandar nos três primeiros meses do ano, mas mesmo assim situando-se acima da média da série e evoluindo positivamente face ao trimestre homólogo.
A nível dos setores, o comércio em estabelecimentos foi o que mais evoluiu, tendo o indicador de confiança registado o valor mais alto dos últimos 33 trimestres consecutivos, evoluindo positivamente face ao mesmo período do ano 2017.
A insuficiência da procura e as dificuldades financeiras foram os principais constrangimentos do setor, apontaram os agentes económicos no primeiro trimestre.
No turismo, o INE registou que o indicador de confiança manteve a tendência descendente do último trimestre, no entanto, o indicador situa-se acima da média da série e manteve-se no mesmo nível relativamente ao trimestre homólogo e a conjuntura no setor é favorável.
“Os empresários apontaram o excesso de burocracia e regulamentações estatais como sendo o principal obstáculo do setor no 1.º trimestre de 2018”, continuou o inquérito do INE.
A conjuntura é favorável também no setor de comércio e feira, em que o indicador de confiança contrariou a tendência descendente do último trimestre e evoluiu positivamente face ao trimestre homólogo.
Na indústria transformadora, o indicador de confiança contrariou a tendência ascendente do último trimestre, mantendo-se no mesmo nível da média da série, evoluindo favoravelmente face ao trimestre homólogo.
A conjuntura foi ainda favorável no setor de turismo residencial, cujo indicador de confiança registou o valor mais alto da série, evoluindo positivamente face ao trimestre homólogo.
Em sentido contrário, a conjuntura foi desfavorável nos setores da construção e transportes e serviços auxiliares aos transportes.
Na construção, o indicador contrariou a tendência ascendente do último trimestre, situando abaixo da média da série.
Nível elevado de taxas de juro, insuficiência da procura e deterioração das perspetivas de vendas foram os principais fatores que limitaram a atividade das empresas do setor da construção no primeiro trimestre.
Nos transportes e serviços auxiliares aos transportes, o indicador de confiança contrariou a tendência ascendente dos últimos trimestres, situando-se abaixo da média da série no primeiro trimestre.
Nos primeiros três meses do ano, as empresas deste setor apontaram como limitações as dificuldades financeiras, dificuldades na obtenção de crédito bancário e a concorrência.