Uma missão de alto nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) chega, esta quarta-feira, 11, à Guiné-Bissau para analisar a aplicação do Acordo de Conacri.
Em comunicado de imprensa, a CEDEAO anuncia que a missão é liderada pelo chefe da diplomacia do Togo, Robert Dussey, e durante a sua estada em Bissau vai reunir-se com as “autoridades e actores politicos, no quadro da implementação do Acordo de Conacri”.
Esta terça-feira, 10, segundo a CEDEAO, o presidente da comissão da Comunidade, Jean-Claude Kassi Brou, também realiza uma visita à Guiné-Bissau, devendo encontrar-se com o Presidente bissau-guineense, José Mário Vaz.
A Guiné-Bissau vive uma crise política desde a demissão, por José Mário Vaz, do Governo liderado pelo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), em Agosto de 2015.
Por falta de consenso entre as várias forças políticas, a CEDEAO elaborou o Acordo de Conacri, assinado pelos partidos com representação parlamentar e os deputados expulsos do PAIGC, denominados por Grupo dos 15.
Segundo uma parte dos signatários, no âmbito do Acordo foi escolhido um determinado nome para primeiro-ministro, mas o chefe de Estado guineense nomeou uma outra pessoa.
A CEDEAO entende que o Acordo continua sem ser posto em prática e em Fevereiro confirmou uma lista de sanções contra 19 individualidades guineenses, entre as quais se encontram vários membros do sector político e judicial.
Desde as Eleições de 2015, a Guiné-Bissau já teve seis primeiros-ministros.
O último primeiro-ministro nomeado pelo Presidente foi Artur Silva, um dirigente do PAIGC, que tomou posse a 31 de Janeiro, mas que, até ao momento, ainda não apresentou a composição do seu Governo.
A Guiné-Bissau deverá realizar Eleições Legislativas ainda este ano e Presidenciais em 2019.