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Opinião

Piscinas oceânicas

Silas Leite*

Em processo de tramitação legal e regulamentar, encontra-se actualmente um projecto de piscina oceânica no terrapleno sul da praia da laginha. Pensado como solução alternativa à inexistência de piscinas públicas e muito devido à escassez de água doce e aos elevados custos de manutenção, o projecto visa promover em melhores condições de segurança, o ensino/aprendizagem da natação preventiva e de salvamento, para além de outras valências, como a prática da hidroginástica, hidroterapia, hidromassagem, sauna, mergulho de pequena profundidade, saltos de tranpolins, entre outros, funcionando, pois, como uma espécie de centro hidroterapêutico nas vertentes educativa, desportiva, profilática, de alta inter-acção social e até cultural se se quiser. Muito mais relevante ainda, será o contributo à economia do mar, tão propalado hoje em dia como um dos vectores de desenvolvimento sustentável  das ilhas.   Ter-se-à em boa conta, o facto de um espaço aquático do género, poder vir a propiciar novas profissões, como Gestores de piscinas, Instrutores de natação e funções inerentes, Monitores de SPA do mar, para além de outras já existentes, a saber, Salva-vidas, Instrutores de mergulho, etc.

Servem as linhas acima, como introdução ao tema “Piscinas Oceânicas”, uma realidade possível nestas ilhas atlânticas. Aproveitando bem as condições naturais das áreas costeiras das nossas baías, podíamos lançar mãos à construção de piscinas oceànicas nos mais variados Concelhos de Cabo Verde. Espaços com características de utilidade pública, as construções de piscinas oceânicas podiam ser assumidas pelas Câmaras Municipais em coordenação com a Administração Central e em parceria com estratos da sociedade civil verdadeiramente interessada, sensibilizada e entendida na matéria e por isso, um óptimo exemplo de sinergias multilaterais.

Com piscinas oceânicas em todos os Municípios mais ou menos próximos da orla marítima, estariam criadas boas condições para a introdução prática da natação no currículo escolar da educação física por um lado e por outro lado, a iniciação a sério, da natação desportiva. E aqui, tal como os campos de futebol em relva sintética aceites pela FIFA, devido à falta de água para rega, também a mesma justificação serviria para a FINA na certificação de piscinas oceânicas para competições locais, nacionais e internacionais na sã convivência dos ideais olímpicos.

Piscinas Oceânicas em Cabo Verde…Sim, é possível!

*Promotor de actividades educativas  no Mar 

Email: silatch61@gmail.com

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