O ministro das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, chega, sábado, 7, a Brasília, para preparar a visita de Estado que o Presidente angolano (PR), João Lourenço, realiza ao Brasil, a partir de 3 de Maio.
A última visita de um chefe de Estado angolano ao Brasil aconteceu em Junho de 2014, quando José Eduardo dos Santos foi recebido, em Brasília, pela ex-Presidente Dilma Rousseff.
O actual PR de Angola, João Lourenço, reuniu-se a 24 de Janeiro, na Suíça, com o homólogo brasileiro, Michel Temer, tendo então anunciado que previa realizar uma visita oficial ao Brasil em Maio.
Nas últimas semanas, o chefe da Diplomacia brasileira, Aloysio Nunes, visitou Luanda (Capital de Angola), enquanto o ministro das Finanças angolano, Archer Mangueira, deslocou-se ao Brasil, para acertar o reforço das relações bilaterais.
Na Suíça, à margem do Fórum Económico de Davos, o Chefe de Estado angolano sublinhou, então, a importância das relações entre os dois países e anunciou a partida para Brasília do ministro das Finanças, Archer Mangueira, para negociar a retoma dos financiamentos a Angola do Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES).
O Presidente angolano sublinhou que aproveitou a oportunidade para “agradecer ao Presidente Temer”, o convite formulado para visitar o Brasil.
O Governo angolano, então chefiado por José Eduardo dos Santos, informou, no final de 2016, ter pedido esclarecimentos às autoridades brasileiras sobre a suspensão das linhas de crédito para obras em Angola, em curso por empresas daquele país, e que pretendia então enviar uma delegação governamental ao Brasil.
A informação for a prestada num comunicado do Governo, que então garantia que a suspensão dessas linhas de crédito – que embora não seja referido no documento está relacionada com as investigações em torno da Operação Lava Jato – aconteceu “há mais de um ano” e obrigou à mobilização de outros recursos para garantir a prossecução das empreitadas.
O BNDES do Brasil anunciou, anteriormente, que estão suspensos os financiamentos para 25 projectos de empresas investigadas na Operação Lava Jato, entre eles, obras em Angola e Moçambique.