Numa partida de futebol, sobretudo, de um clássico em que são protagonistas, as duas melhores equipas do nosso campeonato, a nomeação da melhor equipa de arbitragem é, sem dúvida, o garante de que a prova se desenrola nas melhores condições. Cabe aos responsáveis pela arbitragem o bom senso e a responsabilidade de escolher os melhores árbitros, condição fundamental para garantir o sucesso do clássico, pois os árbitros desempenham uma das tarefas mais difíceis do espectáculo. Uma boa arbitragem facilita os acontecimentos e contribui para o brilho do desafio que também depende da capacidade, desempenho e tácticas dos jogadores.
Aos bons árbitros é-lhes reservado, tão-somente, satisfazer quatro tarefas importantes:
- Assegurar que o jogo decorra de acordo com as regras do futebol.
- Interferir o menos possível, evitando com que ele se torne o foco das atenções.
- Estabelecer e manter uma atmosfera que permita a todos os intervenientes apreciar o jogo.
- Mostrar preocupação com os jogadores.
Vejamos algumas incidências marcantes num Clássico que decidia o Título:
Aos 15 minutos, o nosso jogador é derrubado pelo guarda-redes adversário fora da pequena área, marca-se livre contra o Derby. Aos 45 minutos num lance idêntico o jogador do Mindelense faz-se ao nosso guarda-redes nas mesmas circunstâncias é imediatamente marcada grande penalidade. Aos 90 minutos, estando o Árbitro em cima da jogada, foi preciso o Assistente marcar uma grande penalidade a favor do Derby. A partir deste momento em que a nossa equipa dá volta ao resultado aos 90 minutos eis que estando já decorridos 92 minutos, o Sr. Árbitro “acorda e passa a ser o elemento principal do jogo.” Começa por dar 5 minutos de compensação, tempo demais para um jogo sem grandes paragens. Para ter uma ideia da má fé, na primeira parte com o Mindelense a vencer, não houve compensações, pois o quarto Árbitro não exibiu a placa.
Restando 3 minutos por jogar, pois só deu indicação do tempo aos 92 minutos, não se entende como é que após a marcação do primeiro canto aos 94 minutos e faltando 1 minuto de compensação, o Arbitro não dá por terminado o jogo, após o primeiro canto, ao contrário, marca um segundo canto que dá em pontapé de saida, “ver as imagens do video, o jogador Nhambu cabeceia a bola para fora” mas este, não satisfeito, transforma o pontapé de saída num terceiro canto, que origina uma suposta penalidade aos 97 minutos e para sua satisfação, termina o jogo pois o objectivo tinha sido alcançado “motivos para dizer que fomos derrotados pelo Árbitro.” Sem desprimor por ninguém, pois, este acto desvirtuou o resultado do encontro, influenciou directamente o título do campeonato ditando a primeira derrota da melhor equipa em campo durante todo o campeonato (vejam as estatísticas da época).
Esta má decisão da arbitragem retirou o brilho ao espectáculo, afastou-nos da competição, retirou o prazer do jogo e o fairplay para os jogadores e treinadores, desrespeitou e frustrou toda essa moldura humana espectacular numa festa do futebol que há muito não se via neste Estádio.
Aos árbitros de topo, são-lhes comuns, tão-somente, as seguintes características:
CONSISTÊNCIA, COMUNICAÇÃO, CAPACIDADE DE DECISÃO, EQUILÍBRIO, INTEGRIDADE, CAPACIDADE DE JULGAMENTO, CONFIANÇA, PRAZER E MOTIVAÇÃO.
PELA VERDADE DESPORTIVA E PAIXÃO AO NOSSO FUTEBOL
F.C.DERBY/PRESIDENTE
Carlos Lopes