O Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, preside, esta sexta-feira, 23, a abertura da quinta edição do festival do café do Fogo “Fogo Coffee Fest”. O evento prolonga-se até este sábado, 24, na cidade de Igreja, nos Mosteiros.
Em nota de imprensa, a Câmara Municipal dos Mosteiros, entidade promotora da iniciativa, salienta que o Presidente da República foi convidado pelo edil, Carlos Fernandinho Teixeira, aquando da audiência ocorrida em Janeiro. A participação de Jorge Carlos Fonseca neste festival é uma forma de “dar mais prestigio” e reconhecer a importância do festival na promoção do café produzido nas zonas altas dos Mosteiros.
Para esta edição, a quinta, cujo propósito da edilidade é internacionalizar o café, além de JCF, está confirmada a participação de uma delegação do município de Ansião, Portugal, que tem relações de cooperação descentralizada com Mosteiros, encabeçada pelo seu presidente, António José Vicente Domingues, e outras nove pessoas de entre políticos, empresários e jornalistas.
Igualmente, a Embaixada dos Estados Unidos da América faz-se representar no festival pela responsável da secção política e económica, Amélia Runyon.
A nota de imprensa destaca ainda que esta quinta edição do “Fogo Coffee Fest” pretende celebrar o centenário dos primeiros prémios do café do Fogo, conquista em 1917 e 1918, em exposições agrícolas realizadas na Cidade da Praia, pelo facto de terem contribuído para a sua fama no então território do império português.
Em 1934, o café do Fogo conquistou a medalha de ouro na exposição colonial no Porto e em 1949 igual medalha na exposição de Lisboa, e foi considerado o melhor café do império. Nesta época, era um dos produtos ultramarinos com maior influência na balança comercial do país, tendo em 1954 conquistado outra distinção na exposição da Índia portuguesa.
Também, no início do século XX, o café do Fogo foi apresentado na Exposição Universal de Paris, tendo sido classificado como o melhor café do Império Português, superando em qualidade os cafés de Angola, São Tomé e Príncipe e Timor.
A quinta edição do Fogo Coffee Fest conta com outras inovações, com a realização de concursos de poesia, de melhor bolo, e melhor café.
O concurso de poesia sobre café do Fogo é destinado aos alunos do quinto e sexto anos de escolaridade do município dos Mosteiros, como forma de promover a criação artística entre as crianças e adolescentes, consolidar os hábitos de leitura e de escrita e valorizar um dos principais cartões-de-visita da ilha do Fogo, o seu café.
Quanto ao concurso de culinária para escolha do melhor bolo de café e o melhor café confeccionado, a eleição vai ser definida através de análise sensorial, degustação, por convidados especiais, nacionais e estrangeiros, durante os dois dias do festival.
Da programação destacam-se várias outras actividades, como a realização da primeira “corrida do café”, uma conferência sobre “agricultura biológica”, feira de exposição com participação de produtores e criadores de arte, amostra de trabalhos de oficina de pintura com técnica do café, actividades culturais, de entre outras.
O festival coincide com o período de colheita de café (fim) nas zonas altas do município dos Mosteiros, iniciada na segunda semana de Fevereiro e que se prolonga até meados de Abril, devido a disparidade no processo de amadurecimento das cerejas, num ano em que a produção é considerada de má.
O café é cultivado, principalmente, na área montanhosa e fértil dos Mosteiros, envolto por diversos microclimas e sem presença de produtos químicos (produção orgânica).
C/Inforpress
Fogo: Quinta edição do festival do café acontece neste fim-de-semana
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