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Economia

Fórum de Macau deve “ser indutor” da cooperação entre a China e países lusófonos

O embaixador do Brasil em Pequim afirmou hoje que o futuro papel do Fórum de Macau é ser “um indutor” da cooperação entre a China e o bloco lusófono.
“O papel futuro do Fórum [para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa] tem de ser o de um indutor, que empurra e acompanha as decisões empresariais”, declarou Marcos Caramuru de Paiva, na segunda sessão do seminário do Fórum de Macau, por ocasião do 15.º aniversário do estabelecimento da organização e da plataforma entre Pequim e o bloco lusófono.
Ao mesmo tempo, considerou, a organização precisa de ser uma superestrutura que leva ao desenvolvimento de ações em áreas como o turismo e a língua”, entre outras, considerou.
Para o diplomata, este é “um papel que ninguém exerce se o Fórum não o exercer”, razão pela qual esta organização pode ajudar a construir as relações empresariais de uma forma que “mais ninguém faz”.
“É necessária uma atenção permanente ao que está a ser feito, como por exemplo na área das novas tecnologias em grande desenvolvimento na China, e induzir os países a cooperar nessas áreas em crescimento”, sublinhou.
O embaixador do Brasil em Pequim considerou ser “preciso lembrar que se o Fórum tem 15 anos, só há cinco a China passou a ser um grande investidor” internacional.
O diplomata defendeu ser “preciso que o Fórum saiba acompanhar o crescimento da China”.
Por outro lado, o Fórum tem um papel essencial de acompanhamento dos países de língua portuguesa na integração na realidade local e, em particular, na zona da Grande Baía de Guangdong (sul da China), considerou.
Criado em 2003 por Pequim, o Fórum Macau tem um Secretariado Permanente, reúne-se a nível ministerial a cada três anos e integra, além da secretária-geral, Xu Yingzhen, e de três secretários-gerais adjuntos, oito delegados dos países de língua portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste).
Em 2017, as trocas comerciais entre a China e a Lusofonia fixaram-se em 117.588 milhões de dólares (cerca de 96 mil milhões de euros), verificando-se um crescimento de 29,4%.
Lusa

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