O ministro das Finanças alemão reitera que a Alemanha está disposta a aumentar a dotação financeira para o orçamento da União Europeia (UE), dentro de certos limites, e na condição de o dinheiro ser utilizado de forma eficaz.
Numa entrevista publicada no diário “Suddeutsche Zeitung”, o social-democrata Olaf Scholz, indicou que a nova coligação governamental alemã deu um “passo importante” ao admitir que, com a saída do Reino Unido da UE (“Brexit”), terá de desembolsar mais dinheiro.
“Até agora, muitas das discussões sobre a UE esbarravam com a declaração de que a Alemanha não queria pagar, mas, depois, acabava por pagar. Esse comportamento contraditório trouxe o ceticismo de muitos cidadãos em relação ao projeto europeu. Por isso, é importante esclarecer as coisas”, sublinhou Scholz.
Porém, o governante sublinhou que a Alemanha não está disposta a acudir a todas as emergências ou problemas que advirão com a saída do Reino Unido, defendendo que os outros Estados-membros também terão de dar a sua contribuição.
Scholz não adiantou quanto será a contribuição adicional da Alemanha, optando por lembrar que o importante é que o dinheiro “traga benefícios claros”.
Scholz adiantou, por outro lado, que a Alemanha continuará a insistir na criação, na Europa, de um imposto às transacções europeias, cuja receita deverá destinar-se ao orçamento dos “28”.