A Câmara de Comércio de Sotavento (CCS) está contra a decisão da Agência de Regulação Económica (ARE), sobre o aumento das tarifas de eletricidade e água para a ELECTRA e Água e Energia de Boavista (AEB).
No entender desta organização empresarial, as novas tarifas que entraram em vigor a 6 de Março “só vem agravar o ambiente de negócios” no país, contrariando as recomendações do “Estudo sobre a Reforma da Política Industrial” efectuado por essa Câmara e adoptado pelo Governo.
Num comunicado chegado à nossa redacção a CCS chama a atenção para os “efeitos nocivos” que esses aumentos vão trazer não só para o ambiente de negócios, como para a competitividade da economia de Cabo Verde.
“A CCS entende que não faz sentido anunciar medidas de incentivos e proteção à indústria nacional e, concomitantemente, tomar medidas contraditórias, como é o caso do aumento dos custos de factores de produção, já de per si elevadíssimos e que tem perigado a viabilidade económica e financeira de muitos projectos de investimentos empresariais no país”.
Essa Câmara defende ainda que, antes de se decidir quaisquer aumentos dos custos de energia e água, o Governo “deveria fazer as diligências para resolver o problema das perdas na rede e, sobretudo, dos roubos de energia que atingem actualmente mais de 30% da capacidade de produção da Electra”.
No comunicado essa organização vai ainda mais longe e afirma que “urge pôr termo definitivamente a esta tendência que se regista em Cabo Verde de resolver os problemas de ineficiência das empresas públicas, com o aumento dos custos e serviços prestados”.
Perante este quadro a CCS “incita” ao Governo a definir uma política que “visa a redução consistente dos custos de factores de produção”, tendo em conta que os “preços elevados” têm constituído um dos principais entraves ao desenvolvimento empresarial.
GC
Aumento das tarifas de água e luz: CCS diz que medida “só vem agravar” o ambiente de negócios
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