A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, a inclusão do Presidente Michel Temer no rol de investigados no inquérito que apura o suposto favorecimento da empreiteira Odebrecht, pela antiga gestão da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República.
Entre 2013 e 2015, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o órgão foi dirigido pelos actuais ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco. Ambos já são investigados no caso.
Na manifestação, Raquel Dodge divergiu do entendimento do ex-procurador Rodrigo Janot, que, no ano passado, decidiu não incluir Temer na investigação, por entender que o Presidente tem imunidade constitucional enquanto estiver no cargo. Segundo a procuradora, a Constituição impede somente o oferecimento da uma eventual denúncia contra os investigados.
De acordo com depoimento de delação premiada do ex-executivo da Odebrecht, Claudio Melo Filho, houve um jantar no Palácio do Jaburu, em Maio de 2014, para tratativas de um repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o PMDB.