O governo italiano vai contribuir com um milhão de euros para as operações de desminagem humanitária na Colômbia, o segundo país do mundo mais afectado por minas, que provocaram 11 mil 524 vítimas desde 1990.
A iniciativa do governo italiano faz parte de um plano de intervenção de desminagem que está a ser desenvolvido nos municípios de Leiva, Cumbitara, Rosario e Roberto Payán, todos eles no departamento de Nariño, na fronteira com o Equador.
O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Angelino Alfano, revelou que o seu governo apoia acções para consolidar a paz na Colômbia, com “o objectivo de que as comunidades deixem de sentir medo por causa de minas anti-pessoais e possam caminhar livremente”.
O Alto Conselheiro do Pós-Conflito da Colômbia, Rafael Pardo, já agradeceu ao governo italiano “pelo seu apoio e liderança na criação de um fundo financeiro da União Europeia pela paz na Colômbia”.
Até agora, esse fundo mobilizou recursos num valor superior a 86 milhões de euros, acrescentou o Alto Conselheiro.
A Colômbia é, depois do Afeganistão, o país mais afectado por minas anti-pessoais, que desde 1990 causaram 11 mil 524 vítimas directas, incluindo militares, polícias e civis, segundo dados oficiais.
A desminagem faz parte de um acordo de paz que o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, assinou com a guerrilha das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) em 2017, em Bogotá.
A maior parte das minas do país são artefactos explosivos improvisados, o que dificulta a tarefa de as retirar, devido à dificuldade em serem detectadas.