A investigadora portuguesa, Maria do Céu Madureira, recebeu uma bolsa da União Africana, no valor de um milhão de dólares, para estudar plantas medicinais e promover a sustentabilidade dos recursos florestais em São Tomé e Príncipe e Angola.
Em declarações à agência Lusa, a investigadora do Centro de Ecologia Funcional – Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra explicou que este financiamento vai permitir dar continuidade ao trabalho que vem desenvolvendo, sobretudo em São Tomé e Príncipe.
A fazer investigação em São Tomé, sobretudo na ilha do Príncipe, desde 1993, a investigadora decidiu enveredar, também, por projetos que contribuíssem “para a manutenção do conhecimento tradicional e da sua transmissão oral para os mais novos” e evitassem “que os recursos fossem mal utilizados e de forma insustentável”.
A investigadora trabalha, directamente, com os terapeutas e curandeiros tradicionais, recebendo os seus conhecimentos sobre as plantas, muitas endémicas no Príncipe, e transmitindo-lhes, também, os resultados das suas investigações enquanto farmacêutica.
Maria do Céu Madureira vai coordenar uma equipa de investigadores do centro, ligados ao estudo dos micro-fungos e dos macro-fungos e da área dos solos.
Integrarão ainda a equipa elementos do Centro de Investigação Botânica da Universidade “Dr. Agostinho Neto” e do Centro Tecnológico, ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia de Angola.
Actualmente, a investigadora está também em contactos com o “Salk Institute”, dos Estados Unidos da América, para recomeçar um projecto iniciado em 2014, “com plantas da família das apocináceas que podem ter compostos activos muito interessantes para o Alzheimer”, uma descoberta que “pode representar um melhoria”, não só para a população de São Tomé e Príncipe, “mas para todo o mundo”.
Investigadora lusa recebe bolsa de um milhão de dólares da União Africana
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