Os partidos com assento no Parlamento da Guiné-Bissau e o grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC comunicaram ao primeiro-ministro indigitado, Artur Silva, a sua indisponibilidade para entrar para o seu governo.
Em cartas dirigidas à Artur Silva, a que a Lusa teve acesso, o Partido da Nova Democracia (PND), assim como o grupo dos 15 deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), anunciaram que não pretendem integrar o futuro governo.
O PAIGC, a União para Mudança (UM), o Partido da Renovação Social (PRS) e o Partido da Convergência Democrática (PCD) já tinham tornado pública a mesma posição.
O próximo governo deveria ser formado entre as cinco formações políticas representadas no parlamento e o grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC, conforme recomenda o Acordo de Conacri, instrumento proposto pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Tanto os partidos como o grupo dos deputados dissidentes do PAIGC declinaram o convite de Artur Silva alegando que a indicação daquele ocorreu fora do quadro do Acordo de Conacri, apoiado por toda comunidade internacional, como sendo único meio de acabar com o impasse político na Guiné-Bissau.
Artur Silva tem estado em contactos diretos com os lideres dos cinco partidos bem como com a coordenação do também designado grupo dos 15 com vista a formação do próximo governo que teria como missão principal a organização e realização das eleições legislativas ainda este ano.
O primeiro-ministro indigitado tem-se deslocado às sedes partidárias depois de ter enviado cartas, indicou o próprio aos jornalistas.
Partidos com assento parlamentar recusam integrar Governo na Guiné-Bissau
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