O Dia Mundial do Cancro celebra-se anualmente a 4 de Fevereiro, dando à comunidade internacional a oportunidade de se unir em torno da luta contra o cancro, pois trata-se da segunda maior causa de morte no mundo. Este ano marca o fim da campanha «Nós podemos, eu posso» que durou três anos e exortou pessoas singulares, sociedades e governos a tomarem medidas bem como a reduzirem o impacto do cancro. Esse movimento sensibilizou milhões, instou governos e pessoas nas quatro partes do mundo à acção e forneceu aos pacientes oncológicos e respectivas famílias uma plataforma através da qual puderam partilhar as suas histórias e serem ouvidos.
Porém, não obstante os ganhos conseguidos durante a campanha «Nós podemos, eu posso», o combate para diminuir as repercussões do cancro está longe de ter chegado ao fim. Presentemente estima-se que 8,8 milhões de pessoas morrem de cancro no mundo todos os anos, o que representa quase um sexto do total de óbitos. As estimativas apontam para uma duplicação da taxa de mortalidade devida ao cancro até 2030. Setenta e cinco por cento (75%) das mortes por motivos oncológicos no mundo registam-se em países de rendimento baixo e médio como sejam os Estados-Membros africanos. Em parte, isso deve-se ao seu diagnóstico tardio. Menos de 30% dos países de baixo rendimento têm acesso a rastreio oncológico e a serviços de tratamento. Em 2015, aproximadamente 35% dos países de baixo rendimento comunicaram que estavam disponíveis serviços de patologia no sector público, quando nos países de rendimento elevado superam os 95%. Por outro lado, é frequente os Centros de referência para o cancro estarem indisponíveis, o que implica atrasos no acesso aos cuidados de saúde.
Prevê-se que o peso do cancro em África cresça tendo em consideração o envelhecimento populacional, as doenças crónicas, as opções pouco saudáveis ligadas ao estilo de vida e os factores de risco. Cerca de um terço das mortes por cancro estão associadas a factores de risco passíveis de serem prevenidos, como o excesso de peso, a reduzida ingestão de frutas e legumes, a falta de actividade física, o tabagismo e o consumo de álcool. Essas escolhas são amiúde influenciadas por forças que estão fora do controlo das pessoas, nomeadamente a disponibilidade e o custo mais acessível de géneros alimentícios nocivos e ainda as estratégias aplicadas à comercialização do tabaco e do álcool.
Quando detectados suficientemente cedo, os cancros são mais fáceis de tratar, inclusive recorrendo a tecnologias e procedimentos menos invasivos e menos onerosos. Em muitos países de África, controlar o cancro pressupõe eliminar obstáculos à qualidade do atendimento, como a ignorância relativa à importância do diagnóstico precoce e do tratamento atempado. Significa não só introduzir como implementar mudanças políticas de modo a garantir a disponibilidade de intervenções de saúde primária eficazes, instaurando o rastreio do colo do útero no pacote de cuidados básicos de saúde e a vacinação contra vírus causadores de cancro.
Porém, não obstante os ganhos conseguidos durante a campanha «Nós podemos, eu posso», o combate para diminuir as repercussões do cancro está longe de ter chegado ao fim. Presentemente estima-se que 8,8 milhões de pessoas morrem de cancro no mundo todos os anos, o que representa quase um sexto do total de óbitos. As estimativas apontam para uma duplicação da taxa de mortalidade devida ao cancro até 2030. Setenta e cinco por cento (75%) das mortes por motivos oncológicos no mundo registam-se em países de rendimento baixo e médio como sejam os Estados-Membros africanos. Em parte, isso deve-se ao seu diagnóstico tardio. Menos de 30% dos países de baixo rendimento têm acesso a rastreio oncológico e a serviços de tratamento. Em 2015, aproximadamente 35% dos países de baixo rendimento comunicaram que estavam disponíveis serviços de patologia no sector público, quando nos países de rendimento elevado superam os 95%. Por outro lado, é frequente os Centros de referência para o cancro estarem indisponíveis, o que implica atrasos no acesso aos cuidados de saúde.
Prevê-se que o peso do cancro em África cresça tendo em consideração o envelhecimento populacional, as doenças crónicas, as opções pouco saudáveis ligadas ao estilo de vida e os factores de risco. Cerca de um terço das mortes por cancro estão associadas a factores de risco passíveis de serem prevenidos, como o excesso de peso, a reduzida ingestão de frutas e legumes, a falta de actividade física, o tabagismo e o consumo de álcool. Essas escolhas são amiúde influenciadas por forças que estão fora do controlo das pessoas, nomeadamente a disponibilidade e o custo mais acessível de géneros alimentícios nocivos e ainda as estratégias aplicadas à comercialização do tabaco e do álcool.
Quando detectados suficientemente cedo, os cancros são mais fáceis de tratar, inclusive recorrendo a tecnologias e procedimentos menos invasivos e menos onerosos. Em muitos países de África, controlar o cancro pressupõe eliminar obstáculos à qualidade do atendimento, como a ignorância relativa à importância do diagnóstico precoce e do tratamento atempado. Significa não só introduzir como implementar mudanças políticas de modo a garantir a disponibilidade de intervenções de saúde primária eficazes, instaurando o rastreio do colo do útero no pacote de cuidados básicos de saúde e a vacinação contra vírus causadores de cancro.
Reconhecendo a crescente ameaça do cancro em termos de problema de saúde pública, os governos do mundo aprovaram uma resolução sobre cancro na Assembleia Mundial da Saúde de 2017. Comprometeram-se em relação a 22 medidas para ajudar a reduzir o número anual de mortes devidas ao cancro e a melhorar a vida de quem vive com cancro.
Identificaram-se as principais prioridades seguintes: promover a saúde, reduzir os riscos, aumentar a disponibilidade de vacinas contra o cancro, assegurar a detecção, o diagnóstico e o tratamento e fazer com que os cuidados e o alívio do sofrimento sejam mais céleres e acessíveis. A resolução dá ainda ênfase especial à gestão do cancro relativamente a crianças, adolescentes e jovens, cujas necessidades são específicas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) incentiva todas as pessoas a fazerem escolhas saudáveis. Todos nós podemos fazer a diferença. Encorajamos as escolas, os locais de trabalho, os grupos da comunidade e a sociedade em geral a desempenharem um papel, promovendo a prática de actividade física e travando activamente o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e os regimes alimentares deficientes.
Apelamos aos governos no sentido de implementarem mudanças políticas de acordo com os seus compromissos em relação às doenças não transmissíveis (DNT) e de reduzirem em 25% até 2025 a mortalidade prematura causada pelas DNT. Algumas estratégias eficazes podem ajudar a salvar vidas; uma elevada cobertura vacinal contra a hepatite B e o vírus do papiloma humano (VPH) junto da população-alvo, o rastreio do cancro do colo do útero para as mulheres elegíveis e o diagnóstico precoce. De igual modo, exortamos os governos a melhorarem o acesso a cuidados oncológicos centrados nas pessoas, a criarem programas de assistência social para doentes e famílias, incluindo serviços psicossociais e de reabilitação, a investirem na vigilância oncológica e a darem apoio a pessoas em tratamento.
Tendo em conta os compromissos assumidos pelos Estados-Membros ao abrigo dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para reduzir de 1/3 a mortalidade prematura devido a cancros e outras doenças não transmissíveis até 2030, o aumento de várias iniciativas de controlo do cancro contribuirá para alcançar o ODS no3, para assegurar vidas saudáveis e para promover o bem-estar para todos em qualquer idade.
A OMS está preparada para prestar o apoio e aconselhamento necessários de modo a permitir a todos um acesso qualitativo aos cuidados oncológicos e a fazer com que ninguém fique de fora. Juntos podemos derrotar o cancro.
Identificaram-se as principais prioridades seguintes: promover a saúde, reduzir os riscos, aumentar a disponibilidade de vacinas contra o cancro, assegurar a detecção, o diagnóstico e o tratamento e fazer com que os cuidados e o alívio do sofrimento sejam mais céleres e acessíveis. A resolução dá ainda ênfase especial à gestão do cancro relativamente a crianças, adolescentes e jovens, cujas necessidades são específicas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) incentiva todas as pessoas a fazerem escolhas saudáveis. Todos nós podemos fazer a diferença. Encorajamos as escolas, os locais de trabalho, os grupos da comunidade e a sociedade em geral a desempenharem um papel, promovendo a prática de actividade física e travando activamente o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e os regimes alimentares deficientes.
Apelamos aos governos no sentido de implementarem mudanças políticas de acordo com os seus compromissos em relação às doenças não transmissíveis (DNT) e de reduzirem em 25% até 2025 a mortalidade prematura causada pelas DNT. Algumas estratégias eficazes podem ajudar a salvar vidas; uma elevada cobertura vacinal contra a hepatite B e o vírus do papiloma humano (VPH) junto da população-alvo, o rastreio do cancro do colo do útero para as mulheres elegíveis e o diagnóstico precoce. De igual modo, exortamos os governos a melhorarem o acesso a cuidados oncológicos centrados nas pessoas, a criarem programas de assistência social para doentes e famílias, incluindo serviços psicossociais e de reabilitação, a investirem na vigilância oncológica e a darem apoio a pessoas em tratamento.
Tendo em conta os compromissos assumidos pelos Estados-Membros ao abrigo dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para reduzir de 1/3 a mortalidade prematura devido a cancros e outras doenças não transmissíveis até 2030, o aumento de várias iniciativas de controlo do cancro contribuirá para alcançar o ODS no3, para assegurar vidas saudáveis e para promover o bem-estar para todos em qualquer idade.
A OMS está preparada para prestar o apoio e aconselhamento necessários de modo a permitir a todos um acesso qualitativo aos cuidados oncológicos e a fazer com que ninguém fique de fora. Juntos podemos derrotar o cancro.