Os vigilantes de três empresas de segurança privada em Mindelo, realizaram uma manifestação pelas ruas da cidade, na manhã desta quinta-feira (1). Melhores condições salariais e de trabalho são as suas principais reivindicações.
Um grupo de vigilantes das empresas de segurança privada, SILMAC, SEPRICAV e SONASA saiu às ruas, em São Vicente para manifestar o seu desagrado para com a Direcção-Geral do Trabalho e não só, em relação a publicação da convenção colectiva do trabalho, assinada no passado mês de Agosto, e que põe em causa a entrada em vigor da grelha salaria que deveria ter efeitos já a partir de Janeiro de 2018.
“O objectivo desta manifestação é reivindicar um salário melhor. Porque ganhamos 13 mil escudos, um salário que não nos dá para nada praticamente. Houve um encontro na cidade da Praia no sentido de nos resolverem este problema. Tudo estava assinado e pronto para ser cumprido em Janeiro de 2018, mas com a entrada do mês de Janeiro, adiaram tudo para 2019 porque disseram que a DGT entregou os documentos tardiamente”, reclama José Paris, delegado sindical da SIACSA.
Na óptica do porta-voz dos vigilantes, faltou um pouco de bom senso por parte das autoridades com responsabilidade na matéria, uma vez que a entrega tardiamente dos documentos não justificava o prolongamento da entrada em vigor por mais um ano.
“Nós não compreendemos isso e portanto saímos às ruas para reivindicar. A DGT nesta terra não existe porque é o dinheiro é que está em jogo em todas as empresas. Há muitos vigilantes que ganham 15 mil e setecentos escudos, outros 15 mil e duzentos. O mais estranho é que quem está a mais tempo nas empresas ganha menos do que quem está a menos tempo”, prossegue.
O tratamento por parte das entidades patronais também não tem sido o melhor conforme faz saber Paris, que reclama ainda o pagamento de um subsídio nocturno.
“Vivemos um clima de ditadura porque quando falamos, tratam de nos castigar.. Abusaram de nós durante uns tempos, no que diz respeito ao trabalho nocturno. Temos direito a um subsídio nocturno, que nunca nos foi dado. No meu caso estive cinco anos a trabalhar a noite e nunca me deram subsidio nocturno”, conclui.