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Economia

Bolsa de Valores: Títulos do tesouro renderam ao INPS mais de 1,3 milhões de contos em 2017

Os títulos do tesouro emitidos pelo Estado, através da Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC), renderam ao Instituto Nacional de Providência Social (INPS), mais de 1,3 milhões de contos em 2017.
Os dados foram apresentados esta quinta-feira, pela presidente do conselho de administração do INPS, Orlanda Ferreira, durante o fórum 20 anos da bolsa de Valores de Cabo Verde (BCV), no qual dissertou sobre o tema “Investimento em dívida pública: risco e rendibilidade”.
Orlanda Ferreira salientou que a carteira de investimentos do INPS está actualmente avaliada em 61 milhões de contos, correspondendo a cerca de um terço do PIB (Produto Interno Bruto) de Cabo Verde.
Desse montante, explicou, 43,4 por cento (%) estão aplicados nos títulos do tesouro e as obrigações que são instrumentos utilizados pelo Estado para se financiar no mercado doméstico, enquanto que a dívida privada das empresas representa apenas 3,3%.
“Os títulos da dúvida pública têm sido uma alternativa de investimentos muito apetecível, em que a procura supera a oferta em quase todos os leilões na Bolsa de Valores”, disse Orlanda Ferreira.
Em termos de rendibilidade, adiantou que as aplicações financeiras têm gerado “retornos importantes”, contribuindo deste modo para a capitalização das reservas.
No que diz respeito aos instrumentos da dívida, precisou que em 2017 os investimentos dos títulos do tesouro atingiram 1.338 milhões de escudos cabo-verdianos, enquanto as obrigações das empresas geraram, simplesmente, 90 mil contos, correspondendo ambos a 63,4% do total dos rendimentos recebidos.
Conforme indicou, nos últimos cinco anos a rubrica obrigações do tesouro e das empresas registou taxas de rendibilidade “extremamente interesses”, superando a taxa global da carteira em 2016 e 2017.
Falando dos riscos, a presidente do conselho de administração do INPS falou da avaliação da taxa de juros, que provem da incerteza inerente à evolução da taxa de juros e do risco do crédito adveniente da incerteza das empresas honrarem os seus compromissos.
Para mitigar esses riscos, adiantou que a aposta do INPS tem sido nos instrumentos de taxa fixas, como das obrigações do tesouro e investimentos em empresas com níveis satisfatórios de boa governança e com situação económica e financeira estável.
Entretanto, das aplicações feitas no passado, indicou que há um caso único que inspira cuidado. Trata-se do investimento nas obrigações da CVFast Ferry, no valor de 500 milhões de escudos, feito em 2009, com maturidade alterada para 2019, mas cujos juros não são recebidos desde 2012.
Inforpress

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