As passadeiras aéreas começaram a ser construídas na Ribeira da Torre, em ribeira grande de Santo Antão, para facilitar a mobilidade das populações de algumas localidades daquele vale, sobretudo em períodos de cheias.
Em Boca de Ribeirinha de Jorge já se cavou o alicerce da estrutura em betão que deverá suportar a armação metálica que vai permitir as populações locais, bem como as das localidades limítrofes, na margem esquerda da ribeira, terem acesso à estrada, pondo fim ao isolamento a que estavam sujeitas em períodos de cheias.
A primeira-pedra para a construção de três passadeiras aéreas na Ribeira da Torre foi lançada no dia 05 deste mês, para a implementação deste projecto.
No entender do presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Orlando Delgado, “é uma obra emblemática tendo em conta a dificuldade que as pessoas da outra margem enfrentam para travessarem a ribeira quando há cheias”.
Durante a cerimónia de lançamento da primeira-pedra, enquadrada no programa comemorativo do dia do Município, Orlando Delgado deu o exemplo de “uma senhora grávida que, há dois anos, quase foi arrastada pela cheia quando tentou atravessar para chegar à sua casa”.
É que, constatou o edil, “a estrada trouxe desenvolvimento mas também trouxe isolamento” e é contra esse isolamento que se pretende lutar com a construção dessas pequenas pontes orçadas em cerca de 16 mil contos, financiados pela edilidade e pelo Governo de Cabo Verde.
Em Boca de Ribeirinha de Jorge e em Boca de Pedrene serão construídas passadeiras aéreas pedonais, mas em Chochô optou-se por alterar o projecto e, em vez de uma passadeira aérea, em estrutura metálica para transito pedonal vai ser construído um aqueduto que permitirá o trânsito de pessoas e também de viaturas.
Orlando Delgado reconheceu, na ocasião, que “há outras zonas com essa mesma necessidade na Ribeira da Torre e mesmo no vale da Ribeira Grande” mas, adiantou o autarca, “este é um projecto de futuro” que poderá ser aplicado noutros pontos do concelho.
C/ Inforpress
