Após muitas voltas, com repetição de audições e adiamentos pelo meio, este caso foi finalmente julgado no início deste mês de Janeiro, pelo segundo Juízo-Crime do Tribunal da Praia. A leitura da sentença está marcada para as 14 horas desta sexta-feira, 19.
Recorde-se que a agência do BCN, na Achada de Santo António (na Praia), foi assaltada no final da tarde de 24 de Fevereiro, uma sexta-feira.
Os assaltantes, armados, renderam os funcionários e saíram com uma mala carregada de dinheiro (falou-se em 200 mil escudos, mas até agora o valor não foi confirmado), vários telemóveis e molhos de chaves. No mesmo dia, fontes do A NAÇÃO avançaram que os meliantes fugiram numa viatura de marca Toyota Starlet, em direcção à localidade de Fonton. O carro foi apreendido momentos depois e encaminhado à Polícia Judiciária.
Investigações
Na sequência das investigações desencadeadas, fez saber o Comando Regional da Polícia Nacional (PN) na Praia que, através das esquadras de Piquete, da Achada de Santo António e de Investigação e Combate à Criminalidade, numa operação-conjunta com a Polícia Judiciária (PJ), conseguiram, horas depois, recuperar o “valor roubado” e identificado os supostos autores do assalto.
Foram detidos cinco dos supostos meliantes. Além destes, foi ainda identificada uma outra testemunha, que teria recebido ofertas de um dos principais suspeitos. As mesmas (ofertas) foram apreendidas e juntadas ao processo.
Os cinco indivíduos detidos foram apresentados ao Tribunal da Comarca da Praia que, por sua vez, aplicou prisão preventiva a quatro deles, e deixado um sob TIR (Termo de identidade e Residência).
Repetição
Entretanto, todos os arguidos tiveram de ser ouvidos, novamente, em primeiro interrogatório.
“A defesa foi pedir o auto da primeira audiência para poder elaborar o recurso à medida de coacção aplicada, mas ficou-se a saber que o mesmo não existe, porque não foi gravado”, explicou, na altura, uma fonte do A NAÇÃO, dando conta que, por isso, teve de ser tudo repetido.
Mantiveram-se, entretanto, as primeiras medidas de coacção aplicadas.
O sexto suspeito, que até então estava foragido, foi detido pela PJ, a 11 de Dezembro de 2017: dez meses depois.
O homem, cuja identidade ficou por ser avançada, é morador no mesmo bairro em que aconteceu o assalto.
Segundo uma nota da PJ, emitida na altura da detenção, na posse do detido foram apreendidos um telemóvel, um cartão Visa Eletron e dois cartões Vinti4.
O mesmo foi apresentado ao Tribunal Judicial da Comarca da Praia, que lhe decretou prisão preventiva.
Este e os restantes cinco vão, agora, saber se serão ou não condenados.
GSF