Em Santiago, de acordo com os criadores, o aumento deve-se à redução significativa do número de animais no mercado, mas, também, por outras razões. Um quilo de carne de vaca, que há três meses custava 400 escudos, agora está a ser vendido por 600 escudos.
O gado bovino e caprino estão mais caros no mercado na ilha de Santiago. Isso depois de um período de venda desenfreada dos animais ao desbarato para o abate devido à falta do pasto causada pela seca em todo o arquipélago, particularmente na maior ilha do país. Conforme os criadores, rabidantes e açougueiros, contactados pelo A NAÇÃO, a tendência agora é para o aumento do preço, tanto dos animais como da carne e outros derivados.
Segundo o criador e açougueiro Gracelino Tavares, desde o início de Dezembro passado, os animais e a carne estão mais caros no mercado. Isso porque há cada vez menos efectivos disponíveis.
“Actualmente, no principal mercado de animais na Assomada, já não há a enchente de animais que se verificava em meados de Outubro e Novembro, altura em que os criadores quase imploravam os rabidantes para lhes comprar os animais”, revela.
Tendência
Neste momento, como diz a mesma fonte, a tendência é outra. “Quem possui animais começa a guardá-los, até porque o Governo já disponibilizou vales-cheques, através do qual os criadores podem usufruir de descontos na compra de rações, bem como uma linha de crédito sem juros para comprar pasto importando. Tudo para salvar o gado”, salienta.
Por outro lado, Gracelino Tavares adianta que os criadores que possuem parcelas de regadio estão a alimentar os seus animais com o pouco pasto que recolhem das respectivas hortas. “Parecendo que não, isso vai ajudando a preservar algumas cabeças que se mostram agora mais valiosas”, diz.
(Leia mais na edição nº 540, de 28 a 24 de Janeiro de 2018)
Silvino Monteiro
Pecuária: Preço do gado e carne voltam a aumentar
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