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Economia

Santo Antão: Produtores esperam em 2018 concretização dos investimentos previstos para o sector cafeeiro

A montagem de uma unidade de recepção, debulha e ensacamento do café em Santo Antão é um dos investimentos que os cafeeiros santantonenses esperam ver concretizado em 2018, visando o relançamento desta cultura, de grande potencial na ilha.
A criação de uma cooperativa, que se encarregará de comercialização do café, constitui outra aspiração que os produtores querem ver efectivada, a curto prazo, no quadro do projecto sobre a valorização do sector cafeeiro em Santo Antão.
Francisco Chantre, um dos produtores do café em Santo Antão, acredita no futuro desta cultura na “ilha das montanhas”, cujo relançamento depende, também, da organização dos cafeeiros.
No seu entender, o sector conheceu “um forte declínio”, nos últimos anos, por causa da falta de organização dos próprios produtores.
“Só com a união dos produtores é possível alavancar a cultura do café em Santo Antão”, acredita Francisco Chantre, para quem o café pode voltar a ser, ao lado do grogue, “um produto de referência” desta ilha e “uma mais-valia” para a economia local.
O projecto, iniciado em 2013, foi, porém, suspenso, em 2016, com a extinção da Agência de Desenvolvimento Empresarial e Inovação (ADEI), que vinha coordenando as acções, as quais devem ser retomadas este ano, agora sob a responsabilidade da Pro-Empresa (Instituto de Apoio e Promoção Empresarial).
Segundo um técnico ligado ao projecto, a Pro-Empresa vai dar continuidade às acções previstas no quadro do projecto, admitindo que os produtores aguardam com “muita expectativa” o relançamento de um produto que, “outrora, teve um papel importante” na economia desta ilha.
O projecto sobre a valorização do café de Santo Antão, que numa primeira fase consistiu na formação dos produtores e na recuperação dos cafezais, prevê, para a segunda etapa, além da montagem da unidade de recepção, debulha e ensacamento do produto, também a organização dos produtos numa cooperativa.
O café de Santo Antão é produzido, até agora, de forma tradicional (torrado e moído em pilão) e tem chegado a algumas ilhas do país, através da cooperativa PARES (produtores associados em rede de economia solidária), sediada no Porto Novo.
Santo Antão possui 63 explorações do café nos concelhos da Ribeira Grande e Paul.
A valoração dos cafezais de Santo Antão enquadra-se num projecto de âmbito nacional, financiado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que consiste na criação e valorização da fileira do café de Cabo Verde.
Inforpress

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