O Tribunal Supremo da Rússia confirmou a sentença que proíbe o líder da oposição russo, Alexei Navalni, de concorrer às eleições presidenciais de 18 de Março próximo, noticiaram as agências russas.
Segundo as mesmas fontes, o Tribunal decidiu “manter a decisão da primeira instância e indeferiu o recurso” de Navalni.
Esgotadas as hipóteses de recursos judiciais, Navalni deverá, agora, recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, disse recentemente a equipa de advogados do líder político.
O Supremo deferiu a 30 de Dezembro o veto da Comissão Eleitoral Central (CEC) à candidatura de Navalni, justificando com os antecedentes criminais do político.
De acordo com a comissão eleitoral, o líder da oposição não pode participar nas eleições presidenciais, porque foi condenado, em Fevereiro passado, a cinco anos de cadeia por apropriação indevida de fundos, proibição que vigora por dez anos.
A decisão de recusar a candidatura de Navalni foi condenada pela União Europeia e pelos Estados Unidos, críticas que o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo considerou de “ingerência direta” nos assuntos internos da Rússia.
Navalni, que acusa o Presidente russo, Vladimir Putin, de ser o responsável pela sua interdição, convocou para 28 de Janeiro uma acção pública para apelar aos seus apoiantes para que boicotem as eleições presidenciais, em que Putin se recandidata ao cargo.